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sexta-feira, 17 de março de 2017

JOVENS CONSUMIDORES E CONSCIENTES


   Vivemos um tempo em que consumir virou quase uma obrigação. É comum os adolescentes usarem o padrão de consumo para definir sua identidade. São eles, muitas vezes, o alvo das ações de marketing e propaganda de um sem fim de marcas e produtos. E é aí que mora o perigo. Com a facilidade das compras pela internet, a “necessidade” de consumir surge cada vez mais cedo. Ter o que se deseja torna-se, aparentemente, mais possível, fácil e rápido. E o resultado é uma geração que se preocupa cada vez mais em comprar – nem sempre com consciência ou discernimento. Reportagem publica nesta semana na FOLHA mostra o trabalho que a Comissão de Defesa dos Direitos do Consumidor da Ordem dos Advogados do Brasil (OAB-Londrina) vem realizando junto às instituições de ensino para levar aos adolescentes informações sobre direitos e deveres do consumidor. Apesar de já ser consumidora, essa parcela da população ainda não está inserida no mercado de trabalho. Hoje compra com o dinheiro dos pais, mas em pouco tempo terá conta em banco e o próprio cartão de crédito, e precisam saber como funcionam as relações de consumo, principalmente para poder exigir os seus direitos. É importante saber que existem várias instituições que atuam na defesa dos direitos do consumidor e atentar-se para mudança na legislação. Um exemplo recente é a Medida Provisória 764 – em vigor deste o final do ano passado -, que permite a cobrança de preço diferentes dependendo do prazo ou do meio de pagamento utilizado. Sobretudo com a recessão que atinge o País, a educação para o consumo torna-se cada vez mais importante, já que a palavra de ordem na atual conjuntura é atenção ao contrair dívidas. O consumo consciente é um ato de cidadania e também de respeito ao meio ambiente – conceitos que devem ser propagados desde cedo nas escolas e nas famílias. De uma forma mais ampla, o fato é que adolescentes que crescem conscientes de seus direitos e deveres enquanto cidadãos ajudam a formar uma sociedade mais justa. (OPINIÃO, página 2, sexta-feira, 17 de março de 2017, publicação do jornal FOLHA DE LONDRINA).

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