POPULARIDADE EM BAIXA

   A avaliação positiva do governo Temer caiu para 10,3%, de acordo com pesquisa divulgada nessa quarta-feira (15) pela Confederação Nacional de Transporte (CNT)/Instituto MDA. Na pesquisa anterior, realizada em outubro do ano passado, trazia uma avaliação positiva de 14,6%dos entrevistados. Por outro lado, o índice da avaliação positiva do governo registrou aumento, chegando a 44,1% - no final do ano passado, o índice era de 36,7%. Foram ouvidas, entre 8 e 11 de fevereiro, 2.002 pessoas em 138 municípios de 25 unidades federativas. Com base nesses resultados, fica claro que o índice de popularidade do governo federal é crítico e certamente o envolvimento de nomes do primeiro escalão em denúncias de corrupção da Lava Jato, vem ajudando a piorar a avaliação da gestão do peemedebista. O trabalho para reverter a imagem negativa já começou e o presidente em buscado em uma agenda positiva as oportunidades que precisa para melhorar o posicionamento. O anúncio, esta semana, do calendário para pagamento das contas inativas do Fundo de Garantia por Tempo de Serviço (FGTS) é um exemplo. A corrupção também foi um dos temas abordados no estudo da CNT. Os entrevistados foram questionados sobre a ocorrência de casos de corrupção no governo Temer em comparação com o governo Dilma Rousseff. Enquanto 48,8% consideram que o nível de corrupção é igual nas duas gestões, 31,5% acreditam que o atual governo é mais corrupto. A maioria dos entrevistados (91%) não acredita haver algum partido político livre de corrupção. As investigações da Lava Jato exigem cada vez mais explicações de ministros e aliados do presidente, que está em uma situação delicada. Tanto que veio a público prometer que vai afastar definitivamente auxiliares que se tornarem réus na Lava Jato. Virar o jogo da popularidade depende muito de conquistar a confiança do brasileiro. Para isso acontecer, Temer terá que provar que não vai mesmo blindar ministros corruptos. E precisa agir rápido para conseguir aprovar no Congresso as medidas e reformas necessárias para o país voltar a crescer. (OPINIÃO, página 2, quinta-feira, 16 de fevereiro de 2017 publicação do jornal FOLHA DE LONDRINA).