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quarta-feira, 15 de fevereiro de 2017

FGTS: ÂNIMO AO MERCADO E AO TRABALHADOR


   A divulgação do calendário de saques das contas inativas do Fundo de Garantia por Tempo de Serviço (FGTS) trouxe alívio para muitos brasileiros que vão usar o dinheiro para pagar dívidas. Da mesma maneira, é um alento para o comércio. Quem não tem conta atrasada pode afrouxar o cinto e ir às compras após um 2016 segurando os gastos. O mesmo vale para o mercado financeiro, que vê potencial nessa injeção de “ânimo”, pois qualquer investimento que não seja de risco é muito mais vantajoso para o assalariado do que o rendimento do FGTS. Segundo a Caixa Econômica Federal, cerca de 30,2 milhões de trabalhadores têm direito a sacar os valores depositados nas contas inativas do Fundo de Garantia. Ainda de acordo com o governo, são cerca de 49,6 milhões de contas inativas que somam R$ 43,6 bilhões. A medida vale para as contas encerradas até o dia 31 de Dezembro de 2015, sendo que a maioria delas (95%) têm até R$ 3 mil. Somente 5% tem valores superiores. O recursos começarão a ser disponibilizados a partir de 10 de março para os trabalhadores que nasceram em janeiro e fevereiro e o calendário vai até julho para quem nasceu até Dezembro. É óbvio que a divulgação do calendário de pagamento provocou uma correria e movimentou o site da Caixa. Em apenas 10 minutos, o portal recebeu 480 mil acessos. O mesmo aconteceu nas agências que registram intensa procura de trabalhadores buscando informações. Tanto que o banco decidiu abrir as portas em datas e horários diferenciados para atender exclusivamente saques do FGTS. O presidente Michel Temer acredita que a medida vai provocar uma injeção de R$ 40 bilhões na economia – caso todos que têm direito esvaziem suas contas inativas. Mas a ação tem um fator bastante positivo a longo prazo, como anunciou o ministro da Fazenda, Henrique Meirelles. É uma sinalização da diminuição do Estado, dando oportunidade o trabalhador utilizar o recurso do Fundo de Garantia da maneira que ele mais necessita. E no momento, a prioridade para muitos é justamente pagar dívidas. (OPINIÃO, página 2, quarta-feira. 15 de fevereiro de 2017, publicação do jornal FOLHA DE LONDRINA).

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