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sábado, 11 de fevereiro de 2017

OS JOVENS E A APOSENTADORIA


   A discussão sobre a reforma na Previdência Social despertou o brasileiro para o tema aposentadoria e a necessidade de se preparar financeiramente quando parar de trabalhar. A realidade brasileira é muito diferente da ideal, como mostra uma pesquisa realizada recentemente pelo Serviço de Proteção ao Crédito (SPC) Brasil em conjunto com a Confederação Nacional de Dirigentes lojistas. O estudo aponta que quatro entre dez jovens entrevistados (38,7%) não se preparam para a aposentadoria. O percentual aumenta para 43,6% para os pertencentes às classes C,D e E e para 48,2% entre as mulheres. Foram ouvidos 601 consumidores em 27 capitais. Obviamente, o orçamento apertado é o motivo para 36,2% das pessoas que não guardam dinheiro. Outras justificativas foram apontadas: 21,7% dos entrevistados acreditam que é muito cedo para pensar no assunto e 21,3% disseram não saber como investir. Uma postura preocupante e que poderá ser problemática no futuro, principalmente se levar em conta que uma das proposta de mudança é justamente ampliar para 25 anos o tempo mínimo de contribuição e estimula uma idade mínima de 65 anos para aposentadoria. O estudo mostrou que que dos 61,3% dos jovens que garantem preparar-se para a aposentadoria (desconsiderando que têm o INSS pago pela empresa), 70,5% estão na faixa etária de 25 a 30 anos e pertencem às classes A e B (78,6%). A poupança é o tipo de investimento mais popular entre os que pensam na terceira idade. Não é bastante comum falar em aposentadoria para uma população que muitas vezes não tem nem Carteira de Trabalho assinada. Mas as dificuldades financeiras enfrentadas por muitos idosos devem ser exemplo de que é preciso começar desde cedo a se preparar para o futuro e o desconhecimento não pode ser desculpa. O assunto é abordado constantemente pelos veículos de comunicação, de dicas de como escolher o melhor investimento, como previdência privada ou a própria poupança. Os jovens brasileiros precisam se envolver mais nas questões econômicas e as escolas e as famílias devem lembrar de incluir a educação financeira no cotidiano. Ignorar o assunto representa, no futuro, uma redução importante na qualidade de vida. (OPINIÃO, página 2, sábado, 11 de fevereiro de 2107, publicação do jornal FOLHA DE LONDRINA).

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