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sexta-feira, 6 de janeiro de 2017

UMA SAÍDA PARA AS UPAa


   Reduzir de quatro para dois o número mínimo de médicos para abertura das Unidades de Pronto Atendimento (UPAs) deve beneficiar 14 municípios no interior do Paraná. Nessas localidades, esses centros de atendimento de saúde estão prontos ou em fase final de construção. A permissão para que as unidades funcionem com um número menor de profissionais foi anunciada na última semana pelo ministro da Saúde, Ricardo Barros. É a saída que a pasta encontrou para colocar as unidades em funcionamento, muitas delas fechadas por conta da crise econômica. Antes da resolução, o Ministério da Saúde exigia pelo menos quatro médicos. As UPAs são centros de complexidade intermediária entre o pronto-socorro de um hospital e uma unidade básica de saúde. Elas funcionam 24 horas. No início, quando o programa foi criado, houve interesse por parte dos municípios em instalar os complexos. Mas frente às necessidades das prefeituras oferecerem uma contrapartida, incluindo pagamento dos funcionários, o programa acabou travando. A expectativa do Ministério é que cerca de 340 unidades de todo o país que estão prontas ou em fase de finalização comecem a funcionar em um curto espaço de tempo. O investimento total do governo para obras das UPAs é de R$ 1,8 bilhão. No Paraná, existem 37 em funcionamento. Vale ressaltar que a falta de dinheiro no caixa das prefeituras não dificulta apenas a contratação dos profissionais, mas também a compra dos equipamentos necessários. A reportagem da folha de Londrina visitou o prédio da UPA de Centenário do Sul, que foi concluído há dois anos, mas segue fechado até o dia em que começará a atender. A prefeitura calcula gastar R$ 500 mil para equipá-lo – uma quantia razoável para as pequenas cidades. A saúde pública está sempre no topo das listas das principais preocupações do brasileiro, ao lado das queixas referentes à segurança e ao desemprego. É um drama crônico que precisa ser combatido com recursos e também com gestão do dinheiro. Por isso, reduzir a exigência mínima de contração de profissionais para as UPAs é uma alternativa válida para este momento em que é muito importante ajustar os gastos de acordo com a realidade. (OPINIÃO, página 2, sexta-feira, 6 de janeiro de 2017, publicação do jornal FOLHA DE LONDRINA).

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