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terça-feira, 3 de janeiro de 2017

RESPEITO ÀS LEIS PARA PRESERVAR A VIDA


   Quando os termômetros chegam a marcar 37º C, os balneários e clubes são ótimas opções para se refrescar no verão. Mas quando se trata de água, todo o cuidado é pouco e a cautela é a principal aliada para adultos e crianças. Mesmo quem sabe nadar, deve ir para a água com muita responsabilidade. Somente na última semana de 2016, 16 pessoas morreram afogadas no Paraná. O caso mais grave havia sido registrado no dia 26 de dezembro, no Alagado do Rio Iguaçu, em Candói (Centro-Sul) . Seis jovens com idade entre 16 e 21 anos nadavam em um trecho do rio que fica a 30 quilômetros da sede do município. Um deles se afogou e o restante do grupo tentou ajudá-lo. Somente um dos jovens conseguiu escapar com vida. Três corpos foram regatados no mesmo dia e os outros dois só foram resgatados pela equipe de buscas na tarde do dia seguinte. O domingo de Natal também foi trágico. Foram cinco mortes, porém em situações distintas. Os casos foram registrados em Jaguariúva, Sengés, Alvorada do Sul e na Região Metropolitana de Curitiba. Em Londrina, um jovem de 22 anos morreu enquanto nadava no Lago Norte. O último caso de 2016 ocorreu no sábado (31), quando uma criança de 12 anos se afogou em Pontal do Paraná. É triste constatar que muitos desses acidentes poderiam ser evitados se os veranistas seguissem a orientação do Corpo de Bombeiros e respeitassem as placas que mostram os locais proibidos para banho. A proibição acontece nos três lagos da área urbana de Londrina (Igapó, Norte e Cabrinha) e, mesmo assim, é muito fácil encontrar famílias inteiras burlando a orientação para um mergulho perigoso. Em uma rápida passada nesses locais. A reportagem da FOLHA encontrou famílias inteiras se refrescando em lugares proibidos. As restrições não existem por acaso. Se há placas alertando para o perigo, é porque há risco de afogamento ou a qualidade da água é imprópria. É notório que o brasileiros tem dificuldades em respeitar leis e instituições. Também é amplamente conhecida a nossa fama de desobediência, fazendo crescer os índices de mortes no trânsito, em afogamentos ou outros tipos de acidentes que poderiam ser evitados. Uma sociedade que respeita regras forma cidadãos responsáveis que sabem cobrar de seus governantes uma atuação de respeito ao povo. (OPINIÃO, página 2, terça-feira, 3 de janeiro de 2017, publicação do jornal FOLHA DE LONDRINA).

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