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segunda-feira, 9 de janeiro de 2017

A HORA DOS TEMAS POLÍTICOS


   O presidente Michel Temer vem se pronunciando mais ao País do que a sua antecessora, Dilma Rouseeff. Mesmo que ele demore para se manifestar, como aconteceu recentemente, ao esperar quatro dias para comentar o massacre no Complexo Penitenciário Anísio Jobim, na cidade de Manaus. Um levantamento realizado pelo jornal O Globo mostrou que o chefe da nação fala mais ao povo, mas prefere fazer de Brasília. Evitando viagens pelo território nacional. Nos seus pronunciamentos, o peemedebista tem se resumido a quatro eixos principais, segundo apuração do jornal carioca: relações diplomáticas do Brasil, relacionamento com o Congresso, políticas sociais e a defesa do governo e das medidas tomadas para tentar conter a crise econômica. A crise foi o principal assunto da mensagem de fim de ano do presidente, dando o tom da gestão, que tem ainda dois anos de mandato – lembrando que o Tribunal Superior Eleitoral (TSE) deve julgar este ano se a chama Dilma – Temer, que venceu a eleição em 2014, cometeu ilegalidades de campanha e pode ser cassada. Temer reconheceu que o principal desafio de seu governo será a recuperação dos empregos perdidos e o crescimento sustentável e responsável da economia. Ele prometeu ainda concentrar esforços na promoção de uma reforma tributária, com o objetivo de tornar a legislação mais simples. E garantiu que vai trabalhar para aprovar outras reformas importantes: política, trabalhista e previdenciária. “Este governo há de ser um governo reformista. Mas para que isso aconteça é preciso realmente avançar em 2017, promovendo o debate e as análises necessárias para que as mudanças sejam votadas e implantadas. É preciso fazer o que governos anteriores não conseguiram: enfrentar os temas polêmicos. No caso de Temer, há outros assuntos espinhosos no caminho, principalmente o envolvimento do nome de aliados e ministros nos processos da Lava Jato. A solução para a crise econômica envolve remédios amargos e, antes de tudo, o presidente terá que vencer os desafios políticos. E um deles é a tramitação dessas matérias no Congresso. (OPINIÃO, página 2, segunda-feira, 9 de janeiro de 2017, publicação do jornal FOLHA DE LONDRINA).

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