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quarta-feira, 21 de dezembro de 2016

SEGURANÇA NAS ESTRADAS


  Mais uma vez, o período de festas de fim de ano mobiliza as forças policiais rodoviárias de todo o país em uma grande operação para garantir mais segurança nas estradas e combater o número de acidentes nas rodovias. A ação é louvável, especialmente pelo aumento no fluxo de veículos e pessoas que circulam nessas datas. Porém, seria uma ação desnecessária se a responsabilidade ao volante fosse maior por parte de muitos motoristas. A imprudência é a principal causa de acidentes, seja ela pelo excesso de velocidade, ultrapassagem perigosa, embriaguez, veículos em má condições de uso e, na era tecnológica em que vivemos, o hábito de fazer selfies. Os resultados vão desde danos matérias até a perda de muitas vidas. Do ponto de vista financeiro, os números impressionam e oneram. O custo que os acidentes de trânsito representam à sociedade brasileira chega a R$ 50 bilhões por ano, aponta pesquisa da Polícia Rodoviária Federal e o Ipea. A maior fatia representa os gastos com as vítimas, com destaque à perda de produção, com impacto direto sobre a Previdência Social, e os custos com tratamento de saúde. Conforme o Ipea, um acidente sem vítimas custa R$ 23 mil aos cofres públicos. Em caso de morte o valor se eleva para R$ 600 mil, levando-se em consideração que a maioria das pessoas que perdem a vida possui entre 25 a 35 anos, considerada a faixa etária mais produtiva. São pessoas que deixam de contribuir para o crescimento do País, avalia inspetor da PRF. A dura estatística aponta que, a cada ano, mais de 40 mil vidas se perdem no Brasil em função dos acidentes de transporte terrestres. Além do dano ou da perda afetiva, que não tem preço, esse volume de dinheiro dispensado aos acidentes poderiam ter outros destinos, como a melhoria das estradas, dos serviços de saúde, da educação, da moradia, fazendo muito mais para a coletividade. (OPINIÃO, página 2, quarta-feira, 21 de dezembro de 2016, publicação do jornal FOLHA DE LONDRINA).

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