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quarta-feira, 14 de dezembro de 2016

POR UMA CIDADE MAIS ARBORIZADA

   Com a previsão do fenômeno La Ninã – que pode trazer chuvas abaixo da média e aumento das temperaturas na Região Sul – a sensação de tempo quente e abafado deverá ser cada vez mais comum neste verão. Enfrentar a estação mais quente do ano nas áreas urbanas vem se tornando cada vez mais difícil nos últimos anos. E a falta de arborização é um dos principais problemas a serem solucionados pelas administrações municipais. Em Londrina, a situação deficitária da arborização é reconhecida pela Secretaria Municipal do Ambiente (Sema), como mostrou reportagem publicada ontem na FOLHA. Há vários “vazios” espalhados por todas as regiões da cidade. A meta da secretaria era planta 35 mil mudas de árvores pela cidade durante a atual gestão, mas apenas 28 mil foram plantadas. Uma das justificativas é que os consertos dos estragos causados pelas chuvas de janeiro tomaram muito tempo e a arborização ficou prejudicada. Por outro lado, em 2013 foi aprovado o Plano Municipal de Arborização que determina, entre outras coisas, as espécies a serem plantadas na cidade e prevê que toda casa tenha uma árvore para a liberação do “habite-se”. Mas aí surgem outros entraves, o pequeno efetivo para realizar a fiscalização e a falta de colaboração da comunidade. O vandalismo também atinge a arborização e compromete o já tímido trabalho que a prefeitura vem conseguindo fazer. É possível constatar que ainda faltam educação e conscientização por parte de moradores que também deve assumir a responsabilidade de cuidar do meio ambiente. Um exemplo é a situação dos fundos de vale, que invariavelmente se tornam depósito de lixo e entulho. Todos ganham com a arborização adequada. Além de deixar a cidade mais bonita e combater as “ilhas de calor” – segundo a Agência de Proteção Ambiental dos EUA – uma área sombreada por ser até sete graus mais fresca do que áreas expostas ao sol -, as árvores melhoram o escoamento de água durante as tempestades. Outra vantagem é que, com a redução do calor, gastam-se menos energia para a refrigeração de ambientes. E isso também diminui a emissão de gases de efeito estufa na atmosfera. (OPINIÃO, página 2, quarta-feira, 14 de dezembro de 2016, publicação do jornal FOLHA DE LONDRINA).

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