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terça-feira, 13 de dezembro de 2016

AO LEITOR


   Dizem que a natureza é uma grande farmácia a céu aberto. Ela inspira ou dá os ingredientes para o homem encontrar a resolução de muitos dos seus males. Tomemos como exemplo o ácido acetilsalicílico, um dos comprimidos mais receitados e populares no planeta devido a propriedades como silenciar dores e afinar o sangue. Seu princípio ativo remonta a uma substância da casca de uma árvore, o salgueiro. Um dia a molécula foi isolada em laboratório. Mais tarde, cientistas conseguiram reproduzir sua estrutura química. Tempos depois nascia um remédio pronto para ser fabricado em larga escala. É claro que esta metamorfose (da planta à indústria) não acontece num zás-trás. Exige anos de pesquisas, testes, confirmações... Mas não é preciso apelar para um medicamento 100% sintético para desfrutar do potencial terapêutico extraído das matas, arbustos e afins. É aí que aprecem os fitoterápicos, encurtando a ponte entre a natureza e a farmácia. Como toda medicação, a classe tem indicações e contraindicações, demanda estudos e deve ser empregada sob a orientação de um profissional. Pode ser eficaz em alguns contextos, assim como oferecer riscos se cuidados não forem respeitados. Nessa linha, o governo brasileiro acaba de publicar um documento para orientar o uso de 28 plantas medicinais. Não dissecamos esse guia com o mero intuito de montar um menu de fitoterapia. Nossa ideia é dar uma amostra de como ciência e sabedoria popular podem continuar de mãos dadas rendendo bons frutos. E, mais importante, que tenhamos informação de confiança para saber usá-los. (DIEGO SEPONCHIATO
 – REDATOR CHEFE, Revista SAÚDE, página 4, EDITORA ABRIL, DEZEMBRO de 2016.

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