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quarta-feira, 28 de dezembro de 2016

PERIGO NA GARRAFA


   Sabe o recipiente que muita gente leva por aí para matar a sede na academia ou no trabalho? Se alguns cuidados não forem tomados, ele pode virar um prato cheio para os micróbios ( por THAÍS SZEGÔ – design- ANA PAULA MEGDA – fotos – DULLA – ilustrações – GUILHERME HENRIQUE

O alerta soou com uma investigação do instituto americano Treadmill-reviews.net, especializado em dados sobre esteiras ergométricas, que analisou a presença de bactérias em garrafas usadas por 12 praticantes de atividade física durante uma semana sem passar por lavagem. O resultado foi assustador: em alguns resultados foram encontrados mais germes do que em vasilhas para alimentar cachorros! A primeira colocado no ranking da contaminação foi a garrafinha conhecida como slide top, aquela em que a tampa precisa ser deslizada para que o usuário tenha acesso ao líquido. Logo depois ficaram as do tipo squeeze (que esguicham a água direto na boca) , seguidas pelos modelos de tampa de atarraxar. 
   Na avaliação, os recipientes que têm um canudo interno foram os que apresentaram o menor número de bactérias. Segundo os autores do inquérito, isso acontece porque as gotas ficam acumuladas na base do canudo, em vez de se concentrarem na superfície exposta, local mais atraente para os micróbios se instalarem. 
   As constatações do pequeno experimento não são motivo para jogar o recipiente no lixo. “A maior parte desses micro-organismos vêm da nossa boca e normalmente não provoca doenças”, esclarece o clínico e infectologista Paulo Olzon, da Universidade Federal de São Paulo. Os achados reforçam, porém, a importância de higienizar (ou trocar) o acessório pensando em alguns contextos. “Embora a presença desses agentes não ofereça riscos por si só, fatores como ferida na boca ou imunidade debilitada facilitam sua chegada à corrente sanguínea, o que pode desencadear mal-estar, diarreia...” observa a infectologita Raquel Muarrek, do Hospital São Luiz Morumbi, na capital paulista. 
   Lavar o acessório com água e detergente com regularidade é suficiente para barrar ameaças do tipo. “Muita gente negligencia esse hábito pelo fato de a garrafa ser de uso particular”, conta o biomédico Robero Figueiredo, conhecido como Dr. Bactéria. Não caia nessa e respeite alguns cuidados (veja os conselhos logo abaixo). Assim sua garrafinha não há de virar um ninho de germes. 

-------------------------------------------------------------    UM MINIGUIA PARA COMPRAR E CONSERVAR 
Algumas orientações ajudam a manter a garrafinha como uma fonte segura de hidratação.
   MELHOR ESCOLHA
Prefira as que têm canudo interno e formato mais fácil de ser higienizado. Optar pelo inox é uma oba, pois ele dificulta a instalação das bactérias.

   SE FOR DE PLÁSTICO
    Fuja de embalagens com símbolo de reciclagem com números 3 ou 7. Eles indicam presença de bisfenol. Evite usar a mesma garrafa de água mineral todo dia.

QUANDO TROCAR?
   
   Apesar de não haver prazo certo para isso, é prudente substituir a garrafa se houver rachadura e desbotamento da cor.Sinais de que já está velha demais.
   HIGIENIZAÇÃO
   Lave toda vez que ela for usada, dando atenção aos locais de difícil acesso, como a rosca da tampa e as bordas do canudo. Uma escova de mamadeira ajuda.

   TRANSPORTE
   Proteja o biquinho, evite quedas ou batidas e não deixa a garrafa por muito tempo em locais abafados, como o carro, algo que favoreça os micróbios. (FONTE: Páginas 28 e 29, revista SAÚDE É VITAL, editora Globo -SP- DEZEMBRO 2016).

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