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quinta-feira, 8 de dezembro de 2016

EDUCAÇÃO EM QUEDA


   O Programa Internacional de Avaliação de Estudantes (Pisa, na sigla em inglês), principal avaliação da educação básica mundial, indica estagnação no desempenho dos alunos brasileiros. A pesquisa foi realizada pela Organização para Cooperação e Desenvolvimento Econômico (OCDE), que avaliou 69 países e territórios. Os países da Ásia ocupam os primeiros lugares, com Singapura na liderança. Pela segunda edição consecutiva, as médias dos alunos brasileiros não avançaram nas três áreas avaliadas: matemática, leitura e ciências. A prova avalia adolescentes de 15 a 16 anos a cada três anos. Entre os anos de 2000 a 2009 foi registrado um crescimento. Mas a tendência foi interrompida. Na avaliação atual, em matemática, o Brasil ficou na 65ª posição entre os 70 países e territórios avaliados. Ficou atrás, por exemplo, de México, Colômbia e Albânia. Só superou a República Dominicana, Argélia, Kosovo, Tunísia e a região da antiga Iugoslávia/Macedônia – que foi analisada como um território. Mais de 70% dos alunos brasileiros não conseguiram alcançar o nível 2 da avaliação, em uma escala que vai até o 6. O resultado é bem ruim, pois a OCDE considera o nível 2 o mínimo adequado para exercer a cidadania. A maioria dos estudantes brasileiros também vai mal em ciências, eleito como foco do Pisa de 2016. Segundo o estudo, 56% dos jovens não conseguiram desempenho suficiente para passar do nível 2. Em leitura, a situação é ainda pior: 51% dos alunos não chegaram o nível 2. A média do país passou de 410 para 407. Entre os países do OCDE, a média em ciências quanto em leitura foi de 493. Os resultados são preocupantes e reverter o cenário depende de uma série de mudanças. Para sair da estagnação, é preciso melhorar em vários aspectos. Reformas estruturais são importantes, assim como a valorização dos professores, atraindo talentos para essa carreira. Professores motivados e famílias conscientes da importância de uma boa educação ajudarão as crianças e os jovens a se encantarem pelo aprendizado e pela escola. (OPINIÃO, página 2, quinta-feira. 8 de dezembro de 2016, publicação do jornal FOLHA DE LONDRINA).

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