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sexta-feira, 30 de dezembro de 2016

DESEMPREGO CONTINUA BATENDO RECORDE


   Duas pesquisas econômicas divulgadas nessa quinta-feira trazem notícias negativas para o trabalhador. A primeira, do Cadastro Geral de Empregados e Desempregados (Caged), mostrou que o Brasil perdeu 116.747 postos de trabalho com carteira assinada em novembro de 2016. O número é maior do que o registrado em outubro deste ano, quando as vagas de emprego diminuíram 74.748. Porém, em outubro do ano passado, a queda foi maior: -  -130.629. Os dados do Caged colocaram novembro como o 20º mês seguido de fechamento de postos de trabalho. A pesquisa do Cadastro considera o saldo de vagas, ou seja, o total de demissões (1,2 milhão) menos o de contratações (1,1 milhão) no período. O município de Londrina teve saldo positivo, mas aquém do esperado, pois tradicionalmente, em dezembro, a contratação de funcionários temporários pelo comércio costuma puxar os números para cima. . Segundo o Caged, a cidade teve sete contratações a mais do que o número de demissões em novembro. Ainda não foi suficiente para reduzir as perdas de 2,2 mil dos 11 primeiros meses de 2016. No Estado, somente o comércio teve saldo positivo no mês, com 3,2 mil vagas abertas, o que não impediu que o saldo total de novembro tenha ficado negativo em 7,4 mil. O segundo estudo, a Pesquisa Nacional por Amostras de Domicílios (Pnad), realizada pelo Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE), registrou que o Brasil tinha, em média, 12,1 milhões de desempregados entre setembro e novembro. Os números do IBGE são mais amplos porque levam em consideração os trabalhadores com ou sem carteira assinada. O desemprego rompeu a barreira dos 10% da população economicamente ativa no primeiro semestre de 2016 e está quase passado a 12% - segundo o Instituto, o índice chegou a 11,9%. O desemprego é uma grave questão social e um problema complexo de resolver, principalmente diante de um cenário ainda de incertezas. É um grande desafio para o presidente Michel Temer, que nestes últimos dias assinou medidas para beneficiar os trabalhadores, como a liberação de saques das contas inativas do FGTS, a redução de juros do cartão de crédito e a prorrogação de programa de proteção ao emprego. Mas 2017 exige mudanças mais fortes e sustentáveis. (OPINIÃO, página 2, sexta-feira. 30 de dezembro de 2016, publicação do jornal FOLHA DE LONDRINA). 

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