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sexta-feira, 16 de dezembro de 2016

A LONDRINA QUE QUEREMOS

   Desenvolve, Londrina. Mais do que um desejo do setor produtivo de nossa cidade, esse é o maior desafio que a gestão pública do município tem que encarar em meio a um cenário de recessão econômica e intensa crise política, em âmbito nacional, e de perda da participação da riqueza gerada pela cidade no Produto Interno Bruto do País (PIB), conforme a FOLHA mostrou na edição dessa quinta-feira (15). E o desafio é grande porque Londrina tem pressa. E porque estimular o desenvolvimento da quarta cidade do Sul do País implica em mudar de forma energética e urgente sua matriz econômica sem comprometer a qualidade de vida da população. Aumentar a participação da atividade industrial no PIB local, com geração de empregos e receitas, mão de obra qualificada, é um dentre outros caminhos apontados pelo Fórum Desenvolve Londrina para que o município não perca o rumo e nem espaço na disputa com outras cidades de mesmo porte. Com um sólido material de pesquisa e indicadores próprios que medem o potencial econômico, social e ambiental do município, o Fórum é um importante aliado do poder público na busca por soluções de uma Londrina mais competitiva e mais harmoniosa para os londrinenses de agora e que virão. Nessa quinta-feira, as entidades entregaram à equipe de transição do prefeito eleito Marcelo Belinati (PP) um amplo estudo sobre o perfil socioeconômico da cidade, com dados atualizados, e, não menos importante, com pesquisas de opinião acerca da percepção que os moradores têm em relação à cidade. É importante os gestores saberem, por exemplo, que 51% dos londrinenses entrevistados avaliam como ótima/boa a qualidade de vida no município, mas que 54% consideram Londrina pouco segura e que 44% acham que ela ainda não oferece boas opções de emprego. Ao estimular a participação da sociedade organizada no processo de elaboração, execução e fiscalização das medidas estruturantes vitais para garantir o desenvolvimento da cidade daqui a 10, 20 anos, o Fórum mostra que é preciso mudar o conceito de gestão. Busquemos não a Londrina possível, mas a Londrina que queremos. (OPINIÃO, página 2, sexta-feira, 16 de dezembro de 2016, publicação do jornal FOLHA DE LONDRINA).

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