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terça-feira, 22 de novembro de 2016

O AVANÇO DA CHIKUNGUNYA


   Especialistas em saúde acreditam que o verão 2016/17 será marcado por um grande aumento de casos de chikungunya, doença transmitida pelo mosquito Aedes aegypti, A enfermidade já faz parte das estatísticas em dois de cada cinco municípios brasileiros. O número de pessoas que morreram no País em consequência da chikungunya foi 138. Em 2015, o Ministério da Saúde notificou 38,3 mil casos da doença. O número subiu muito este ano chegando a 251 mil notificações até agora. Enquanto no ano passado 699 cidades brasileiras foram atingidas pela chikungunya, neste ano já são 2.281 municípios. Sete estados, todos da região Nordeste, registraram índices epidêmicos da enfermidade, quando há mais de 300 casos por 100 mil habitantes. No ano epidemiológico de agosto de 2015 a julho de 2016, o Paraná registrou 73 casos. De agosto até a primeira semana de novembro foram 3 casos. Um das principais preocupações é que a doença pode ser incapacitante, pois as dores nas articulações são bastante intensas. Segundo o infectologista da Universidade Federal de São Paulo (Unifesp) Celso Granato, os efeitos mais complicados aparecem quando há muitos casos e ele alertou que não há tratamento eficiente para a artrose crônica, um grave problema que a chikungunya causa. É importante lembrar que no inverno, diminuem os ataques do Aedes, que transmite também a dengue e a zika. Mas com a chegada do calor, os novos casos deverão se multiplicar, desafiando as autoridades de saúde. Não é fácil conter o avanço das três doenças causadas pelo Aedes. Mas é preciso se preparar, pensando em várias estratégias para evitar que o mosquito se reproduza. Ao mesmo tempo em que as pesquisas científicas precisam avançar, é urgente aumentar a educação e a conscientização da população. Sem a ajuda da sociedade, as ações não terão sucesso. (OPINIÃO, página 2, terça-feira, 22 de novembro de 2016, publicação do jornal FOLHA DE LONDRINA).

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