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quarta-feira, 9 de novembro de 2016

FAZER O BEM OLHANDO A QUEM


   Os princípios de solidariedade, de ajuda ao próximo movem as pessoas, independentemente de credo ou posição social. Mas o que assusta são os casos de quem se aproveita desses gestos em benefício próprio. Em Apucarana, a Polícia civil investiga a denúncia de que uma moradora teria levantado recursos junto a amigos e à comunidade em eventos beneficentes para custear um suposto tratamento de leucemia. A prática, infelizmente, é muito comum e não se resume a um indivíduo, pondo em ameaça até mesmo o trabalho sério de instituições e entidades voltadas às causas sociais, como o Hospital do Câncer e a ONG Viver, que oferece apoio a crianças e adolescentes em tratamento de câncer em Londrina. Quem trabalha com seriedade, entretanto, não tem o que temer. Por isso, como orienta o administrador da ONG, antes de efetuar doações é preciso verificar a quem se destina, ou mesmo ir ao local para conhecer o trabalho que é feito. 
   Como há muitas instituições que pedem ajuda na cidade, nem sempre é possível localizá-las, o que reforça a necessidade de uma certa investigação. A orientação é compartilhada pelo delegadoº da 10ª SDP, que sugerem as pessoas que destinem suas doações a instituições com trabalho reconhecido e que tenham CNPJ. 
   A ação humanitária existe tem todo o mundo e é graças a essas entidades que populações têm a fome mitigada, recebem atendimentos de saúde, roupas, moradia, entre muitas outras ajudas. O trabalho grandioso vai além do ser humano com ações voltadas também aos animais e ao meio ambiente como um todo. Por isso, é preciso ter grandeza de coração e não se deixar contaminar por alguns casos negativos, como o revela esta semana pelas investigações da Polícia Civil. As diferenças sociais existem desde sempre e não vão ser resolvidas na totalidade. A caridade e a ajuda mútua são um meio de socorro que precisam do apoio de todos e a somatória de esforços. (OPINIÃO, página 2, quarta-feira, 9 de novembro de 2016, publicação do jornal FOLHA DE LONDRINA).

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