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segunda-feira, 10 de outubro de 2016

É MELHOR ORIGINAL COM DEFEITOS...


   Fui apresentado a uma réplica do quadro da Monalisa através de um dos maiores especialistas em artes do mundo. Praticamente não há diferença alguma entre a pintura original e a cópia. Mas a réplica não vale nada quando comparada com a original – que chega a muitos milhões de dólares. A diferença está na criação, no tempo dedicado pelo autor, Leonardo da Vinci, e, acima de tudo, na energia que o moveu até concluí-la. 
   Há uma lição importante a se aprender com isso.
   Por mais perfeita que seja, qualquer cópia é só uma cópia, e sempre o será, porque não atende aos quesitos que só a criatividade e a inspiração do criador imprimiram à obra original. 
   Lamentavelmente, isso é o que ocorre com muitos profissionais, preocupados em ter para si o sucesso que acreditam existir na vida de outros. Eles não compreendem que jamais conseguirão isso. As razões são as mesmas da arte. Falta-lhes algo. E o que lhes falta, só o original possui. Portanto, eles não atingem o patamar que buscam, e de sobra, lançam ao lixo o talento inexplorado que poderia fazer deles “originais” autênticos. 
   Esses confusos profissionais não perceberam, ainda, que  realização na carreira nunca foi tão acessível quanto hoje em dia, graças aos recursos da tecnologia, à facilidade de exposição de ideias e da simplicidade em desenvolver bons e úteis relacionamentos. 
Por que será? Preguiça?
   Calculo talvez que o esforço os espante os faça achar que a imitação funcione. Triste ilusão, porque na vida real é bem melhor ser original com defeitos do que uma cópia perfeita! (Crônica de ABRAHAM SHAPIRO, consultor e coach de líderes em Londrina, coluna ABRAHAM SHAPIRO, caderno FOLHA EMPREGOS & CONCURSOS, segunda-feira, 10 de outubro de 2016, publicação do jornal FOLHA DE Londrina).

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