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terça-feira, 6 de setembro de 2016

CIDADES QUE ENCOLHERAM


   Quase quarenta por cento dos municípios paranaenses encolheram no último ano. De 399 localidades, 155 tiveram redução no número de habitantes, conforme apontou uma nova estimativa da população brasileira, divulgada recentemente pelo Instituo Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE). O percentual paranaense de 38,8 supera a média nacional. No Brasil, quase ¼ dos municípios (24,8%) tiveram redução de população. Os dados do IBGE mostram que as regiões Centro e Centro-Oeste lideram o decréscimo populacional no Estado. Altamira do Paraná (Centro) perdeu 198 moradores em um ano, passando de 3.341 para 3.143 habitantes. A queda populacional de 5,93%, é a maior registrada no Estado. A falta de oportunidade de crescimento por meio do emprego ou estudo afugentou os altamirenses da terra natal, principalmente os mais jovens. Em 2000, o Censo registrou 6.999 moradores naquele município. Nos últimos 16 anos, este número só diminuiu. Na mesma região, também têm destaque as perdas populacionais de Nova Tebas (2,1%), Santa Maria do Oeste (1,3%), Roncador (1,3%) e Mato Rico (1,2%). Dos 14 municípios abrangidos pela Associação dos Municípios do Centro do Paraná (Amocentro), apenas dois tiveram crescimento populacional: Guarapuava – cidade polo da região – e Manoel Ribas. Pitanga, que abriga a sede da entidade, teve a maior perda absoluta, de 204 habitantes. Vários fatores contribuíram para essa redução em cidades brasileiras, sendo que a maioria está ligada a oportunidades em outros centros urbanos dos estados. Estima-se que as cidades estão encolhendo pela redução de indústria e de mudanças nas atividades agrícolas, como a mecanização e a falta de condições técnicas ou financeira para a sobrevivência das pequenas propriedades. Nesse momento, algo que pode ajudar a manter a população nas pequenas cidades é elaboração, por parte das prefeituras, de um plano para potencializar e valorizar as riquezas das regiões. (FOLHA OPINIÃO, página 2, terça-feira, 6 de setembro de 2016, publicação do jornal FOLHA DE LONDRINA).

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