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sexta-feira, 9 de setembro de 2016

A DIFÍCIL TAREFA DE MELHORAR A EDUCAÇÃO NO BRASIL


   O ensino médio das escolas brasileiras está paralisado desde 2011 e com índices abaixo do idealizado pelo Ministério da Educação. Esse nível de ensino apresentou os resultados mais baixos do Índice de Desenvolvimento da Educação Básica (Ideb), resultado que foi apresentado, ontem, em coletiva de imprensa pelo ministro da Educação Mendonça Filho. O Ideb é um indicador que relaciona o desempenho dos alunos com dados de fluxo escolar. O estudo é realizado a cada dois anos pelo Instituo Nacional de Estudos e Pesquisas Educacionais Anísio Teixeira ((Inep), quando são avaliados alunos do ensino fundamental da rede pública e do ensino médio de escolas públicas e privadas. É preocupante a estagnação dos resultados apresentados pelo ensino médio, sem apresentar evolução nos últimos quatro anos. O indicador está em 3,7 desde 2011 e há três anos está abaixo da média estipulada pelo MEC. Para 2014, a meta do ministério era 3,9 e no ano passado o governo federal havia estipulado 4,3. Mendonça Filho classificou os resultados de “vergonhosos”, mas o constrangimento é ainda maior quando se considera os dados que mostram o desempenho em matemática – o pior em uma década. Em relação ao ensino fundamental, o índice mais satisfatório foi o dos anos iniciais (primeiro ao quinto ano), já que a meta de 5,2 foi superada, alcançando 5,5. Mas nessa faixa também são evidentes as deficiências em português e matemática. O Paraná acompanha o cenário nacional. A meta de 1º ao 5º ano foi atingida em 80% dos municípios e entre as 10 melhores escolas municipais, cinco são de Foz do Iguaçu. No ensino médio, os índices das escolas do Paraná ficaram abaixo da meta tanto nas escolas públicas quanto nas particulares. Mendonça Filho já anunciou que vai pedir urgência na tramitação do projeto de lei que institui a jornada integral e muda o currículo do ensino médio, que chegou ao fundo do poço. As mudanças precisam ser estudadas com urgência e colocadas em prática o mais rápido possível. Lembrando que o ensino médio sofre com as defasagens das etapas anteriores, é necessário que a sociedade se mobilize para buscar melhorias desde as primeiras séries. (FOLHA OPINIÃO, página 2, sexta-feira, 9 de setembro de 2016, publicação do jornal FOLHA DE LONDRINA).

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