Páginas

segunda-feira, 1 de agosto de 2016

REFORMAS ADIADAS


   Consciente de como funciona o Congresso Nacional em um ano eleitoral, o presidente interino Michel Temer (PMDB) reconheceu que será difícil aprovar em 2016 as reformas trabalhistas e da Previdência. A delicada questão das reformas foi um dos principais temas de uma entrevista concedida pelo peemedebista a agências internacionais, na última sexta-feira. 
   As mudanças são defendidas pelo governo desde a posse de Temer com o argumento de que ajudarão o Brasil a sair da crise. Junto com a reforma política, elas são uma reivindicação antiga da sociedade. O Planalto apostava em conseguir apresentar e aprovar as reformas ainda neste ano. Mas Temer reconheceu a dificuldade de passarem no Congresso medidas que ajustam os direitos sociais dos trabalhadores. 
   A pauta é complexa e até o final de outubro os congressistas deverão estar com a atenção voltada para as eleições municipais. Tanto que o presidente interino trabalha em conseguir aprovar até o final do ano somente a proposta de Emenda à Constituição (PEC) que limita o teto dos gastos públicos. Ele até pretende encaminhar antes das eleições as medidas que ajustam os direitos sociais dos trabalhadores. Mas as discussões, que deverão tratar sobre negociação coletiva, , jornada de trabalho e terceirização, certamente ficarão para depois. 
   Quanto à reforma previdenciária, o governo considera a ideia de conduzi-la de forma gradual. Entre os pontos prioritários estão a idade para aposentadoria e a diferença entre as profissões. O presidente interino garantiu que não teme propor medidas impopulares porque o seu objetivo não é eleitoral. Mas a aprovação dessas medidas depende do Congresso e os parlamentares costumam pensar um pouco diferente na hora de aprovar leis que desagradam o eleitor. Principalmente em ano eleitoral. (FOLHA OPINIÃO opiniao@folhadelondrina.com.br página 2, segunda-feira, 1 de agosto de 2016, publicação do jornal FOLHA DE LONDRINA).

Nenhum comentário:

Postar um comentário