As estações das temperaturas vais elevadas ainda não chegaram, mas a dengue continua preocupando as autoridades. Esta semana, a Secretaria Estadual de Saúde divulgou seu último boletim do período epidemiológico da dengue de 2015/2016. E o resultado, além de negativo, é um preocupante alerta sobre a doença no Estado. Nesse período foram confirmados 56.351 casos de dengue, 61 mortes e 90 cidades em epidemia. A notícia fica ainda mais grave pelo fato de que estes números podem se elevar, pois há casos suspeitos em análise no Laboratório Central do Estado (Lacen). O monitoramento da doença pelo Sesa teve início em 2001 e no decorrer desse tempo, os quadros de epidemia, inicialmente registrados a cada três ou quatro anos, agora têm elevação ano a ano. Um dos fatores para essa proliferação da doença, segundo as autoridades, está exatamente na dificuldade em eliminar os criadouros do mosquito Aedes aegypti. É preciso reconhecer o papel do Estado em ações para o controle dos casos, como a campanha de vacinação contra a doença, que começa neste sábado (13) , em trinta municípios que lideram o triste ranking de casos confirmados. Mas é importante também que cada cidadão assuma o seu papel no na eliminação dos locais favoráveis ao desenvolvimento do temido mosquito, que precisa apenas de um pouco de água parada, seja no reservatório da geladeira ou nas embalagens esquecidas no jardim. Dentro da organização preventiva da saúde estamos começando a partir desta semana mais um ano epidemiológico. Sem fogos de artifícios ou taças de champanhe para brindar, mas com o compromisso de nos esforçarmos para que neste novo período possamos registrar um decréscimo dessa doença que tem ceifado muitas vidas. Vale um lembrete: o papel não é exclusivo do Estado. A responsabilidade é muito mais de cada um de nós, cidadãos. A dengue mata e não escolhe bairro ou classes sociais. (FOLHA OPINIÃO opiniao@folhadelondrina.com.br quinta-feira, 11 de agosto de 2016, publicação do jornal FOLHA DE LONDRINA).
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