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terça-feira, 5 de julho de 2016

TURBULÊNCIA NO SETOR AÉREO


   A decisão da Latam (antiga TAM) em deixar de operar voos entre Londrina e o Aeroporto Internacional de Guarulhos dá conta do tamanho da turbulência no setor aéreo brasileiro, com reflexos bastante negativos para o usuário londrinense. Neste ano, milhares de voos foram cancelados pelas companhias no País e o Aeroporto Governador José Rocha foi muito prejudicado, com a suspensão, por parte das três companhias que operam na cidade, do trajeto entre Londrina e Curitiba. No site da Infraero, estatal que administra o aeroporto, é possível ver o tamanho do estrago que recessão causou na movimentação de aeronaves na cidade, reduzindo significativamente o número de embarques e desembarques. De janeiro a maio de 2015, foram 437.541. No mesmo período de 2016, apenas 350.617, uma queda de 20% . A crise econômica foi a justificativa da Latam para diminuir o serviço. Sabe-se que o brasileiro está viajando menos, ao mesmo tempo em que os custos das companhias estão subindo. A empresa informou que, no período de 1º de setembro a 29 de outubro, será cortada uma das duas frequências diárias para Guarulhos, Já, a partir de 30 de outubro, a rota será definitivamente cancelada. E restarão apenas dois voos diários da companhia para a capital paulista, com destino ao aeroporto de Congonhas. O cancelamento desses dois voos vai prejudicar a vida dos passageiros da região de Londrina em viagens internacionais que partem de São Paulo. Agora, eles terão que pegar o ônibus da empresa para se deslocar de um aeroporto a outro. Lideranças de Londrina estão se movimentando no sentido de reverter essa situação. Acredita-se que a redução no número de viagens esteja relacionada com o fim, no ano passado, do incentivo estadual sobre o combustível de aeronaves – a alíquota de ICMS de querosene passou de 7% para 16%. O problema será discutido hoje com o governador Beto Richa (PSDB) em reunião agendada pela Faciap, federação das associações comerciais. É importante ressaltar que com a redução da oferta de rotas aéreas, o município perde o poder de atração de novos investimentos. E perdem também os usuários, pois com a queda da concorrência, a tendência é dos preço subirem. ( FOLHA OPINIÃO opiniao@folhadelondrina.com.br página 2, terça-feira, 05 de julho de 2016, publicação do jornal FOLHA DE LONDRINA).

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