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quinta-feira, 21 de julho de 2016

ROMPA E INOVE SUAS ATITUDES


   Recentemente, a FOLHA publicou um artigo meu intitulado “Vigiar e punir”. Não preciso dizer que recebi algumas críticas, porém, me senti gratificada por entender que esses críticos leram o texto. Como profissional da área de trânsito, sempre contei com o apoio da nossa Folha de Londrina para encaminhar artigos de cunho educativos. Após várias décadas nessa área, ainda me pergunto por que os nossos condutores resistem em não serem educados com outros que interagem com ele nesse trânsito? Ouço o quanto não aceitam a multa por infração praticada. Alguns transferem essas multas e pontuações a alguém da família ou outra pessoa qualquer, para se safar da punição. Outros buscam um profissional que faça sua defesa, alegando justificativas infundadas. Alguns conseguem o deferimento de seu recurso; outros se revoltam. Todavia, em nenhuma dessas condutas conseguem mudar de seu comportamento infrator. 
   Autoridades pedem uma punição mais rígida. Entendo que não se trata apenas aumentar os valores das multas ou suspender temporariamente sua habilitação. Outros acreditam que a CNH é um direito adquirido, mero engodo, pois agindo com imperícia, deveria perder esse direito. No entanto, pasmem, tenho recebido com frequência propaganda de um “Manual de Multas”, com os dizeres: “Foi Multado? Não Pague! - Aprenda Técnicas legalizadas para anular suas multas e e pontuações!”. Ainda: “Saiba como correr de suas multas de trânsito sem auxílio de advogado ou despachante! Conheça as técnicas legais para cancelar suas multas e pontos da CNH”. “Não abra mão dos seus direitos?”
   O que acham? Do que vale a legislação do trânsito mesmo com alguns poréns? 
   Do que vale “vigiar e punir? Afinal, que direitos são esses para que o infrator não abre mão? Será que essa é a melhor forma para termos um trânsito seguro? 
   Por favor, você que acaba de ler esse artigo, reflita e rompa com suas atitudes errôneas i nove seus comportamentos adequados. (JULIETA ARSÊNIO, psicóloga em Londrina e diretora do departamento de Acidentes, Crimes e Perícias de Trânsito da Associação Brasileira de Medicina de Tráfego, página 2, ESPAÇO ABERTO, quinta-feira, 21 de julho de 2016, publicação do jornal FOLHA DE LONDRINA).

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