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terça-feira, 12 de julho de 2016

O SETOR MOVELEIRO SOFRE COM A CRISE


   Arapongas, segundo polo moveleiro do País, sofre os reflexos da crise política e econômica do Brasil. Quatro indústrias fechadas e mais três em recuperação judicial são o saldo da recessão que abala o município paranaense. Em reportagem hoje, a Folha de Londrina mostra o drama da cidade, que assistiu ao fechamento recente de uma fábrica com mais de 20 anos de história e que colocou na rua mais de cem funcionários. Outro sinal da crise é a queda no faturamento das empresas – entre 8% e 10% este ano, após registrar retração de 15% em 2105. O setor moveleiro de Arapongas é grande e muito importante para a região, pois conta com 172 empresas e emprega cerca de 10 mil pessoas, mesmo com as demissões registradas com o fechamento das quatro fábricas. É responsável por cerca de 9% da produção nacional. As empresas locais até tentaram uma alternativa para driblar o problema, buscando a exportando. Era uma solução viável com o dólar a R$ 4,00, mas a relativa baixa da moeda norte-americana diminuiu a lucratividade. 
   A crise que abala a indústria se espalhou por vários segmentos e provocou redução na produção de oito em cada 10 itens industriais, segundo pesquisa do Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE) com base nos dados de 2015. Dos 805 produtos industriais pesquisado pelo IBGE 78,3% tiveram queda de produção no ano passado em comparação com 2014. O leque é variado e vai de automóvel a televisão e até mesmo bens de consumo considerados essenciais, como alimentos. As consequências da crise que afeta as indústrias de Arapongas e também de todo o País ultrapassam o chão da fábrica. Ela agrava ainda mais o problema social que resulta do desemprego, muito alto em todos os setores da economia. ( FOLHA OPINIÃO opiniao@folhadelondrina.com.br página 2, terça-feira, 12 de julho de 2016, publicação do jornal FOLHA DE LONDRINA).

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