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segunda-feira, 25 de julho de 2016

EDUCAÇÃO NA UTI


   Faço minha as palavras da psicóloga Nina Cardoso (8/7) ao referir-se sobre a péssima qualidade da educação diante da realidade do mercado de trabalho, comparando com a de décadas atrás, está uma lástima! 
   A organização de uma empresa ou outra instituição tem suas metas em favor do progresso a cumprir e zelar. No caso de uma escola de todos os níveis, um gerente ou diretor que se preze tem, por obrigação, o que é fundamental e primordial que é estabelecer e cumprir com a alta qualidade de ensino 
   Décadas atrás, quando o governo era consciente da qualidade, os conteúdos para repassarmos aos alunos carregavam como frase principal o seguinte: “o mínimo essencial”. E de acordo com a capacidade e os ideais da diretora e dos professores, caminhava o ensino, tendo como meta o sucesso e progresso nos resultados verificados nos alunos. 
   Atualmente, com essa ditadura socialista, que poucos sabem e percebem, o governo quer interferir na administração e gestão escolar referente à qualidade e conteúdo. É por essa razão que o Brasil está no último lugar no ranking mundial da educação. Gestão escolar, não pode mais usar de sua autonomia educacional, filosófica e pedagógica porque é podada, tudo é proibido. 
   Há décadas, no 1º ano, era realizada uma prova que consistia em uma leitura e interpretação de um pequeno texto, que era eliminatória para passar para o 2º ano. Naquela época, em uma sala de 30 alunos, cerca de 25 eram aprovados, e os outros 5 eram reprovados, pela dificuldade que tinham de serem alfabetizados. Nos dias de hoje, 100% dos alunos são aprovados, porém, sem serem avaliados.
   Esse pesadelo que estamos vivendo chama-se ditadura esquerdista, e está infiltrada nas faculdades através de doutrinação, mas só engana os incautos e desprovidos de visão educacional. Estamos nivelando por baixo, segundo uma das maiores autoridades no estudo de políticas curriculares, Paula Louzano, nas páginas amarelas da revista “Veja” (24/2/2016), comparando a precária situação da aprendizagem do Brasil com países Desenvolvidos, como Austrália, Finlândia, Coreia do Sul, Estados Unidos, Canadá, diz que nosso governo colocou sobre a mesa uma proposta inadequada. E se não houver uma mudança estrutural, nunca teremos melhoras. 
   Outra grave situação é a postergação da idade mínima para alfabetização. Os neurocientistas, biólogos e psicólogos vêm demonstrando como os primeiros anos são essenciais para o desenvolvimento da pessoa. A criança tem muito potencial e é incansavelmente curiosa, pois é como uma esponja que absorve toda a água de um recipiente, até atingir os 7 anos. Por esse enorme retardo na alfabetização, vemos refletido, na ortografia de alunos do ensino médio e superior, a péssima qualidade de escrita. Não é por acaso que 53 mil estudantes tiraram zero na redação do Enem em 2015. 
   A Língua Portuguesa é um patrimônio precioso do Brasil, que deve ser cuidada e zelada como tal, e não jogada às traças como temos visto. Baseando-me nesses esclarecimentos, e na experiência, tenho por convicção, que uma pré-escola, tendo um bom planejamento, não pode ficar obrigada a passar somente recreação, mas conciliar essa recreação com conhecimento, devemos aproveitar a faixa de idade que melhor absorve conhecimentos, iniciando, assim, a alfabetização de crianças a partir dos 5 anos. ( MARILENE RABELO SORIANI, pedagoga com pós-graduação em Gestão Escolar e diretora do CEI Padre Vicente Marini em Sertanópolis, página 2, ESPAÇO ABERTO, segunda-feira, 15 de julho de 2016, publicação do jornal FOLHA DE LONDRINA).

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