Alvo de vários atentados desde 2015, os alvos se voltaram novamente para a França, na última quinta-feira, quando o país sofreu mais um grande ataque. Um homem avançou com um caminhão sobre as pessoas que comemoravam nas ruas de Nice o feriado da Tomada da Bastilha. Oitenta e quatro pessoas morreram e muitas ficaram feridas. O ato terrorista acontece oito meses depois de uma série de ataques orquestrados a Paris, que mataram 130 pessoas. As vítimas estavam em bares e restaurantes da capital e também na casa de show Bataclan. Até a noite de ontem nenhum grupo extremista havia assumido a autoria do ataque em Nice, enquanto o massacre de 13 de novembro de 2015 foi reivindicado pelo Estado Islâmico (EI).
Diante desse último atentado, as atenções se voltaram para o Brasil, mais especificamente para o Rio de Janeiro, que sediará os Jogos Olímpicos a partir de 5 de agosto. A preocupação é grande, não só por parte dos brasileiros, mas também das delegações internacionais. Depois do terror em Nice, o Ministério da Defesa vai revisar os protocolos de segurança. Mesmo sem indicativo de uma ameaça em potencial, o País não pode descuidar da segurança.
O 14 de julho é uma data muito simbólica para os franceses, sendo a maior festa cívica do país. Em 1789, a Queda da Batilha foi o ato central da Revolução Francesa. Mas o dia de comemoração à liberdade foi manchado pelo sangue de inocentes. O terrorismo foi elevado hoje à categoria de ameaça mundial, principalmente quando se procura entender a crueldade de grupos como o EI. É a selvageria atingindo como uma bomba o lema que eternizou a revolução: igualdade, liberdade e fraternidade. ( FOLHA OPINIÃO opiniao@folhadelondrina.com.br página 2, sábado, 16 de julho de 2016, publicação do jornal FOLHA DE LONDRINA).
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