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quinta-feira, 2 de junho de 2016

NOVA QUEDA DO PIB


   Milhares de pessoas formaram uma fila gigantesca, ontem, em Curitiba, para  concorrer a uma das 300 vagas de emprego oferecidas por uma rede de supermercados. O drama dos desempregados ratifica os números divulgados ontem pelo Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE) e que mostram uma nova queda do Produto Interno Bruto (PIB). Pela pesquisa, é possível verificar que a economia brasileira recuou menos que o previsto nos primeiros quatro meses de 2016. O indicador, que mede toda a riqueza produzida pelo País, encolheu 0,3% no período, frente ao quarto trimestre do ano passado. Com isso, somou R$ 1,47 trilhão. Quando comparado ao trimestre de 2015, o recuo foi de 5,4%. Os economistas esperavam uma retração de 0,8% da atividade econômica frente ao quarto trimestre de 2015. A intensidade da queda também foi menor do que a verificada no fim do ano passado, quando a retração alcançou 1,3%. Três atividades econômicas puxaram o índice para baixo: a indústria, que caiu 1,2% em relação ao fim de 2015; a agricultura encolheu 0,3% e os serviços, que caíram 0,2%. A situação da indústria é mais preocupante, principalmente quando se compara com o primeiro período de 2015, chegando a um tombo de 7,3%. Em valores correntes, o PIB atingiu 1,47 trilhão no primeiro trimestre de 2016. Chama atenção também a queda no consumo das famílias que chegou a 1,7% no primeiro trimestre, frente aos três meses anteriores. Na comparação com o mesmo período do ano passado, o recuo foi mais intenso , de 6,3%. Essa informação tem relação com a taxa de desemprego (10,9%) e a queda da renda do brasileiro. A leitura de alguns economistas é que o pior já passou. Mesmo que esses analistas estejam certos, é impossível não considerar que os números estão ruins e o estrago é muito grande. Interromper o ciclo de recessão é o desafio da equipe econômica do presidente em exercício Michel Temer (PMDB). Um ciclo negativo, iniciado no segundo trimestre de 2014, ainda no primeiro mandato da presidente Dilma Rousseff (PT), que agora completa dois anos. ( FOLHA OPINIÃO opiniao@folhadelondrina.com.br página 2, quinta-feira, 2 de junho de 2016, publicação do jornal FOLHA DE LONDRINA).

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