ENERGIA ELÉTRICA MAIS BARATA

   O gasto com energia elétrica, que tanto apertou o orçamento das famílias, vai pesar menos no bolso dos paranaenses a partir de amanhã. A tarifa cobrada pela Copel Distribuição terá redução de 14,3% para os consumidores residenciais e a redução deve ser sentida nos boletos com vencimento a partir de 24 de julho. Considerando também os clientes industriais e comerciais, a redução média chegará a 12,87%. A redução foi autorizada ontem pela Agência Nacional de Energia Elétrica (Aneel) após análise da planilha detalhada da Copel que demonstra a possibilidade de diminuir a conta de luz. A melhora nos níveis dos reservatórios das hidrelétricas, que produz energia elétrica mais barata, e leva ao desligamento das termelétricas, foi um dos fatores que contribuíram na decisão da agência reguladora. Assim como a redução de encargos setoriais e melhoria na eficiência dos custos da empresa. A direção da Copel anunciou outras medidas que podem reduzir ainda mais a conta, como o aumento dos ativos da companhia de R$ 2,5 bilhões para R$ 4,9 bilhões nos últimos quatro anos. Um consumidor que gasta mensalmente R$100,00 de energia elétrica poderá economizar R$171,60 ao longo de um ano. É uma economia interessante, já que a conta de luz foi uma das despesas que mais preocupou o brasileiro nestes tempos de dificuldades econômicas, forçando mudanças de hábitos. Foram muitos aparelhos de ar-condicionado desligados no verão. Órgãos públicos também mudar o horário de atendimento ao público na tentativa de baratear a fatura. Mas é importante ressaltar que a boa notícia tem tempo de validade, pois a vigência da nova tarifa será de 12 meses. Por isso, o consumidor precisa continuar atento aos hábitos de consumo e as distribuidoras devem continuar buscando soluções para melhorar o serviço com menor custo. Lembrando que um estudo divulgado este ano pelo Instituto Ilumina mostra que o brasileiro que ganha salário mínimo precisa trabalhar mais de 11 horas para pagar a conta de luz de uma casa com apenas poucos eletrodomésticos. Já o canadense que recebe o piso nacional precisa apenas de uma hora para arcar com os custos com energia. Isso mostra o quanto a tarifa pesa no bolso do cidadão e no equilíbrio financeiro das empresas. (FOLHA OPINIÃO opiniao@folhadelondrina.com.br página 2, quarta-feira, 22 de junho de 2016, publicação do jornal FOLHA DE LONDRINA).