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quinta-feira, 23 de junho de 2016

CUIDADOS PALIATIVOS E QUALIDADE DE MORTE



   A atenção com a saúde do brasileiro enfrenta inúmeros problemas e o mesmo acontece com os cuidados paliativos, definidos pela Organização Mundial da Saúde (OMS) com uma abordagem que busca a melhoria na qualidade de vida do paciente e seus familiares frente a uma doença que ameaça a vida. . Uma pesquisa realizada pela The Economist Intelligence Unit coloca o Brasil na 42ª posição no Índice de Qualidade de Morte, que avalia as medidas de qualidade dos cuidados paliativos em 80 países. O estudo foi encomendado pela Fundação Lien, uma organização filantrópica de Singapura, Cento e vinte especialistas em cuidados paliativos foram ouvidos. Reino Unidos, Austrália e Nova Zelândia encabeçam o ranking, que deixou o Brasil atrás dos nossos vizinhos do Mercosul, Chile (27ª), Argentina (32ª) e Uruguai (39ª). 
   De acordo com o índice, o Brasil precisa avançar nos quesitos ambiente de cuidados de saúde, mais acesso a profissionais treinados e disponibilidade de analgésicos. Há uma grande carência de equipes realmente estruturadas para prestar esse tipo de atendimento, assim como são poucas as universidades brasileiras que oferecem disciplina sobre o assunto. No País existem apenas três instituições preocupadas em preparar os futuros médicos para oferecer um tratamento mais humanizados aos doentes com poucas chances de continuarem vivos. 
   Em Londrina, aos poucos, os hospitais começam a dar atenção ao assunto. Na edição de hoje, a FOLHA mostra o empenho de uma comissão de cuidados paliativos do Hospital da Zona Norte (HZN) em propiciar o encontro de uma paciente de 91 anos e seu cachorro de estimação. A equipe multidisciplinar fugiu do atendimento padrão para buscar um cuidado não só personalizado, mas humanizado. A iniciativa da equipe o HZN é incomum no Brasil, que precisa dar mais atenção ao tema. Não só por parte dos gestores de hospitais, mas também por parte das universidades que formam profissionais na área da saúde. Muita coisa pode ser feita para melhorar a qualidade de vida desses pacientes. (FOLHA OPINIÃO opiniao@folhadelondrina.com.br página 2, quinta-feira, 23 de junho de 2016 publicação do jornal FOLHA DE LONDRINA).

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