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domingo, 12 de junho de 2016

BANCO DE SANGUE PROCURA CÃES DOADORES



   Animais precisam ser de portes grandes e estarem na faixa entre dois e oito anos

   Nem todo mundo sabe, mas cachorro doente, em determinadas situações, também precisam de doação de sangue. E o único banco para animais da região , o do Hospital Veterinário (HV) da Universidade Estadual de Londrina (UEL), tem perdido muitos cães por falta de doadores. Criada em 1999, a unidade ganhou sede nova neste ano: um espaço bonito, confortável e separado das demais instalações do HV.
   A diretora do hospital e coordenadora do Projeto Vida, Patrícia Mendes Pereira, explica que o processo de doação de sangue é rápido, seguro e não expõe o cão a nenhum risco. “Mas o animal doador precisa ser de porte grande, ter 28 quilos ou mais, entre 2 e oito anos de idade, e ser calmo a ponto de permitir a retirada do sangue”, explica. 
   A coleta, propriamente dita, não dura mais que 15 minutos. Antes, porém, é retirada uma pequena amostra do sangue para o exame em laboratório. O responsável pelo animal precisa esperar cerca de 30 minutos pelo resultado. Se tiver tudo certo com a saúde do doador, o sangue é colhido na sequência. “Todo o processo, desde a chegada do animal ao HV até o fim da coleta, não dura mais que uma hora”, afirma. 
   Para estimular os responsáveis e inscreverem seus cães como doadores no Projeto Vida, o hospital oferece algumas vantagens a eles. “Recebem vacina de graça e, em se tornando doador frequente, tem isenção de taxas, caso adoeçam e precisem de tratamento”, conta. Mesmo depois de “aposentados”, os animais permanecem com essas regalias. A doação é feita a cada três ou quatro meses e é agendada com antecedência.
   Patrícia ressalta que, com a sede nova do banco de sangue, o doador não tem nenhum contato com os demais animais que vão ao HV para tratamento. “É uma área reservada só para a coleta e o laboratório.” O espaço também ganhou novos equipamentos . Uma centrifuga mais moderna permite a separação do sangue em três partes – plaquetas, plasma e concentrado de hemácias – e uma mesma bolsa pode servir para três animais. “Antes, não havia como fazer essa separação e todo material coletado era transfundido num mesmo animal”, afirma.
   Ela conta que nem sempre há sangue em estoque e, em muitos casos, quando um animal precisa de transfusão, o responsável tem de correr atrás de um doador. “Algumas vezes, não consegue e o animal acaba morrendo. A demanda tem sido muito grande”, declara a diretora. 
   No início deste mês, Guilherme Bernardes da Fonseca Carlos e Graziela Guimarães levaram o golden retriever Sofia, de 6 anos, para doar sangue pela primeira vez. E gostaram bastante da experiência. ”Foi muito tranquilo e rápido. O pessoal foi bem atencioso e a Sofia colaborou também”, afirma ele. O jovem inscreveu a cadela para ser doadora permanente. “Acho importante essa colaboração. Se a Sofia ficasse doente, eu gostaria que houvesse sangue para ela”, justifica. 

   SERVIÇO
   Quem tiver interesse em levar o animal para doar sangue deve entrar em contato com o projeto pelo Facebook . O endereço é https://www.facebook.com/ProjetoVidaUEL página 3, caderno FOLHA CIDADES, sábado, 4 de junho de 2016, publicação do jornal FOLHA DE LONDRINA).

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