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domingo, 19 de junho de 2016

A DIFÍCIL CONVIVÊNCIA COM A INTOLERÂNCIA


   Mais uma vez, um acontecimento trágico revela ao mundo que o terrorismo tem procurado causar o maior dano possível contra uma população totalmente indefesa. O ataque do dia 11 de junho a uma boate gay, em Orlando, nos Estados Unidos, revela os riscos e a dureza de se conviver com a intolerância. Armado até os dentes, o atirador Omar Saddique Mateen, de 29 anos, tirou a vida de 50 pessoas, deixou ferimentos em 53 cidadãos e provocou traumas em centenas. Mas causou também uma grande comoção em todo o mundo. Foi o maior atentado da história do EUA provocado por um tiroteio e, principalmente, o maior ataque terrorista do país desde o 11 de Setembro. Omar Mateen, que morreu durante o ataque, em confronto com a polícia americana, era um homofóbico declarado. O massacre aconteceu em junho, um mês simbólico para a comunidade LGBT ( Lésbicas, Gays, Bissexuais, Travestis e Transexuais), que lembra a resistência entre a homofobia. No dia 28 de junho de 1969, há 47 anos, gays que estavam no bar Stonewall, na cidade de Nova York, se rebelaram contra a perseguição constante que sofriam da polícia. O atentado terrorista aconteceu em um local que é considerado refúgio para a comunidade LGBT. Isso aumenta a sensação de insegurança os homossexuais não só nos Estados Unidos, como aqui no Brasil, país que registra, a cada 27 horas, um homicídio motivado por preconceito contra a população LGBT. No ano passado, foram 318 assassinatos registrados, sendo 52% de homens gays, 37% de travestis, 16% de lésbicas, 10% de bissexuais, 7% de heterossexuais confundidos com gays ou lésbicas e 1% de amantes de travestis. O presidente Barack Obama classificou o atentomingo, 19 de junho de 2016, publicação do jornal FOLHA DE LONDRINA). ado de Orlando como um “ato de terror e ódio”. A violência declarada contra os homossexuais no Brasil também deve ser classificada como um ato de ódio extremo . A luta contra o preconceito, seja de raça, cor religião ou opção sexual, deve ser diária. E as formas mais eficientes de combater qualquer tipo de discriminação passam pela educação, diálogo e informação. (FOLHA OPINIÃO opiniao@folhadelondrina.com.br página 2, sábado, 19 de junho de 2016, publicação do jornal FOLHA DE LONDRINA).

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