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quarta-feira, 18 de maio de 2016

VOLUNTÁRIOS LANÇAM DESAFIO DO CABIDE SOLIDÁRIO

   "Já tivemos casos de vandalismo, mas também flagramos uma criança carente pegando uma peça de roupa", afirma Talita Shigueoka 

   Objetivo é que municípios adotem a prática de disponibilizar roupas para população carente

   No inverno de 2014, os londrinenses viram surgir cabides em alguns locais de grande movimentação da cidade para doações de agasalhos. O “Cabide Solidário” já havia dado certo em Porto Alegre (RS) e Curitiba e um grupo de amigos resolveu disseminar a ideia em Londrina. A resposta da população foi tão boa que os voluntário do projeto repetiram a ação solidário no ano passado e em 2016, novamente, mas dessa vez como um desafio. A intenção é que outros municípios adotem a prática e compartilhem fotos e vídeos com o resultado de suas ações nas redes sociais com a hashtag #desafiodocabide.
   A ideia consiste em estimular os cidadãos a pendurarem nos cabides peças de roupas que para eles já não têm utilidade para que a população carente possa ser beneficiada. Não há um controle sobre as doações e os agasalhos podem ser levados por quem estiver passando pelo local. Apesar de simples, muitas pessoas procuram os idealizadores do projeto em Londrina para esclarecer dúvidas sobre como proceder para repetir a iniciativa nas cidades da região. 
   Para ajudar, neste ano foi criado o site www.desafiodocabide.com.br com orientações que vão desde a montagem dos cabides, incluindo a arte das plaquinhas disponíveis para download, até a escolha dos pontos e a forma correta de proceder para evitar conflitos com as normas de cada município. 
   Também há uma página dedicada ao projeto no Facebook. “A intenção é que as pessoas se desafiem umas às outras para que o projeto fique mais dinâmico com divulgação na internet. A gente quer multiplicar essa ideia e levá-la para além de Londrina”, disse Talita Shigueoka, uma das organizadoras da ação o município.
   No ano passado, o projeto teve repercussão nacional ao ser divulgado no programa Encontro com Fátima Bernardes, da Rede Globo. E para que possa ser adotado por cidades do Brasil todo, os voluntários disponibilizaram no site dois tipos de placas diferentes para serem afixadas aos cabides. Um para agasalhos e outro para roupas de calor. “Há lugares no País em que as temperaturas não baixam no inverno, mas onde há pessoas que também precisam de doações de roupas”, explicou Talita. 
   Na quinta-feira, sete cabides foram instalados em pontos estratégicos de Londrina: no Terminal Urbano de Londrina (centro), no terminal de Integração Vivi Xavier (zona norte), na Praça Nishinomiya (zona leste), no Zerão, no Lago Igapó 2,na Alameda Miguel Blasi e na Catedral Metropolitana. 
   “Já tivemos casos de vandalismo, soubemos que donos de brechós levaram as roupas, mas também flagramos uma criança carente pegando uma peça de roupa e um senhor no Terminal Urbano que estava com muito frio ficou bem contente e agradecido ao saber que havia roupas disponíveis tão perto dele. Se a gente conseguir ajudar uma pessoa, já valeu a ação”, disse Talita.
   “O projeto começou de uma forma despretensiosa com a ajuda dos amigos. A imprensa viu com bons olhos e ajudou a divulgar. A ideia do desafio surgiu neste ano não para estimular a competição entre os municípios, mas para desafiar as pessoas a ajudarem e postarem as ações nas redes sociais para estimular outros a fazer o mesmo. É uma ideia muito simples”, destacou Bruno Sato, voluntário do projeto. ( SIMONI SARIS – Reportagem Local, página 3, caderno FOLHA CIDADES, terça-feira, 17 de maio de 2016, publicação do jornal FOLHA DE LONDRINA).

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