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quinta-feira, 19 de maio de 2016

NECESSIDADE DE REFORMA


   A crise econômica enfrentada pelo País juntamente com os recorrentes aumentos do deficit das contas públicas trouxe à discussão assuntos incômodos. Embora estivesse na pauta do Congresso Nacional, a Reforma da Previdência, há anos tem sido adiada. O assunto começou a ganhar corpo ainda no governo da presidente Dilma Rousseff (PT) , mas a impopularidade da petista - tanto entre os parlamentares quanto entra a população – empurrou o tema mais uma vez. Agora, já com nova equipe econômica, a reforma voltou ao centro das atenções.
   Interessante notar que pesquisa feita pela Confederação Nacional da Indústria aponta que 65% dos entrevistados concordam totalmente ou parcialmente com uma idade mínima para aposentadoria mas, contraditoriamente, 75% não acham necessário que as pessoas se cada vez mais tarde, por causa do envelhecimento da população. Estas são apenas algumas das indicações que apontam o quanto o tema é polêmico e para as dificuldades que serão enfrentadas pelo governo para levar adiante o assunto.
   Se entre a população há muitas contradições a serem esclarecidas, entre especialistas a necessidade de reforma é consenso. Trata-se de tema urgente, como afirma reportagem da FOLHA. É certo que deve-se corrigir distorções e implantar novas regras que deixem o sistema mais equilibrado. No entanto, o ponto de discórdia entre governo e trabalhadores é a idade mínima e a validade da proposta. Centrais sindicais querem que as mudanças sejam válidas para pessoas que ainda não ingressaram no mercado de trabalho, que o governo discorda. A idade mínima já ocorre apenas para funcionários públicos, mas pode também ser estendida para trabalhadores da iniciativa privada. 
   De qualquer forma são temas extremamente polêmicos e que devem ser discutidos intensamente. Se todos concordam que a reforma é necessária, é preciso discutir propostas que sejam razoáveis para todos os envolvidos. ( FOLHA OPINIÃO opinião, folhadelondrina.com.br página 2, quinta-feira. 19 de maio de 2016, publicação do jornal FOLHA DE LONDRINA).

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