Ontem foi divulgado parecer que o procurador-geral da República, Rodrigo Janot, encaminhou ao Supremo Tribunal Federal e que pede que o ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva seja formalmente investigado no principal inquérito da Operação Lava Jato no tribunal. Além de Lula, Janot cita integrantes da cúpula do Partido dos Trabalhadores ligados à presidente Dilma Rousseff, como ministros, ex-ministros e assessores.
Atualmente, esse inquérito já conta com 39 pessoas investigadas, principalmente nomes do PMDB do Senado, como o presidente da Casa, Renan Calheiros (PMDB-AL), e o senador Romero Jucá (PMDB-RR), além de deputados e senadores do PP. A Procuradoria também orientou investigação contra nomes importantes do PMDB como o presidente da Câmara Eduardo Cunha (RJ) e Jader Barbalho (PA), entre outros.
A orientação da Procuradoria-Geral vem de encontro à opinião da maioria dos brasileiros. Se foi montado um grandioso esquema de cobrança de propina e de desvio de recursos da Petrobras e que funcionou por tantos anos parece improvável que o ex-presidente Lula e a presidente Dilma não soubessem da sua operação. Até mesmo porque indícios apontam que as campanhas eleitorais petistas foram beneficiadas.
É importante que a corte máxima do País investigue todos os citados até mesmo para garantir o desmonte do esquema se a presidente Dilma for de fato afastada. Para acabar com um comportamento tão arraigado na política – e na cultura nacional – é preciso haver punição. As investigações devem continuar para esclarecer todos os fatos que ainda estão obscuros. Além disso, é importante que o dinheiro desviado ou obtido ilegalmente retorne aos cofres públicos.
A corrupção traz graves prejuízos a todos os brasileiros porque desvia recursos que poderiam ser aplicados em prol de todos. São escolas, hospitais ,estradas e diversas outras obras que deixam de ser construídos. É importante que a população tenha essa percepção e que continue vigilante para que novos casos não sejam registrados. (FOLHA OPINIÃO opiniao@folhadelondrina.com.br página 2, quarta-feira. 4 de maio de 2016. Publicação do jornal FOLHA DE LONDRINA).
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