AFINAL, O GOLPE FOI EM 1964 OU EM 2003?

   A revolução do PT já dura 13 anos no poder. Já se pode avaliar qual foi o pior golpe, o de 1964 ou o de 2003, quando Lula assumiu o governo. Se somarmos quantos morreram ou foram torturados na revolução de 64, comparado ao genocídio quando o PT assumiu o governo devido à falta de investimento na saúde, na segurança pública, na educação, saneamento básico, etc., cujos recursos foram desvirtuados para a maior rede de corrupção já existente na história do Brasil, já se tem um ideia das monstruosidades. Quantas crianças, idosos, indefesos, proletários morreram à mingua nas portas de hospitais, nas ruas, em suas casas, porque o PT não tinha provisionado dinheiro para pagar médicos, leitos hospitalares, contingente de policiais decentes para segurança pública, escolas, investimentos para desenvolvimento e geração de trabalho? Esse dinheiro todo foi desviado para a corrupção do PT e enriquecer seus membros e respectivos cúmplices – megaempresários e ferrenhos correligionários. Sem falar nas excrescências e imoralidades sexuais que incutiam nas crianças e adolescentes. Que asco! Pobres vítimas, com certeza, no futuro não terão “comissão da verdade” para levantar nomes e processar tais criminosos. 

   Liberdade? Perdemos totalmente. Quem obteve liberdade foram os criminosos de plantão. Nunca vimos crimes tão violentos como vimos depois das políticas libertinas implantadas após 2003. Viramos reféns de políticos corruptos e seus cúmplices megaempresários, traficantes, assaltantes, etc.

   A profunda crise econômica é só o início. Mais alguns meses neste ritmo e entraremos numa profunda desorganização socioeconômica, ao estilo da Venezuela. Então, qual foi o pior golpe: o da direita ou o da esquerda? Se é que podemos chamar hoje de “golpe”! Quem foi o melhor ou o pior ditador: o da direita ou o da esquerda? Se é que podemos chamar de ditador. Quem criou as melhores e mais rentáveis empresas públicas do país foi a ditadura da direita ou da esquerda? Quem destruiu essas companhias uma a uma? Portanto, revolução por revolução hoje, está implícito nas pesquisas de jornais que, no mínimo, a sociedade esmagadoramente reconhece, que não apoia o golpe e a ditadura da esquerda. Por quê? Golpe por golpe, o PT extrapolou de longe os limites da imoralidade que se podia conhecer na história e por algumas gerações haveremos de nos lembrar. 

   Hoje, com certeza, estamos aptos para decidir nosso destino. O Brasil precisou passar pelas fases de 1964 e 2003 para entender o verdadeiro sentido das palavras golpe, ditadura, corrupção, imoralidade política, seriedade, compaixão e aprender a reconhecer e respeitar quem deve ser respeitado, agora sem constrangimento. Hoje percebemos que o que presenciamos no passado foi uma radical ditadura permanente da esquerda tentando dar um golpe numa necessária e provisória ditadura da direita para conquistar o poder, vindo somente em 2003 obter esta conquista. A partir deste ano tentaram restringir a liberdade de imprensa, tentaram por decreto (8.243/ 2014), assinado na surdina pela presidente Dilma Rousseff , instalar a ditadura no país; queriam implantar o projeto Fórum de São Paulo visando que o Brasil fosse o sustentáculo econômico da ditadura na América Latina; isto entre outros vários projetos antidemocráticos que se frustraram no decorrer deste mandato. Somente não vingou porque o PT não conseguiu dominar a imprensa livre, calar a voz majoritária do povo e o azar de encontrar pela frente um juiz acima de qualquer suspeita – Sérgio Moro – competente, íntegro e inteligente. Somente, agora, o brasileiro terá entendido quando efetivamente foi o golpe de Estado, com a alma lavada e o sofrimento terá valido a pena. Agor, tudo se explica. Mas não podemos confundir, o golpe foi em 2003, quando o PT assumiu o governo federal: isto sim foi um catástrofe política social e econômica, que não nos deixou nenhum saldo positivo. O que deixou foi profundas cicatrizes. ( BRUNO PEDALINO, advogado especialista em Direito Empresarial, em Londrina, página 2, ESPAÇO ABERTO, quarta-feira, 4 de maio de 2016, publicação do jornal FOLHA DE LONDRINA).