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domingo, 17 de abril de 2016

NOVO CAPÍTULO


   Hoje as atenções dos brasileiros estarão voltadas para Brasília. Acusada de ferir a Lei de Responsabilidade Fiscal, pela prática das chamadas “pedaladas fiscais”, os deputados votarão pela abertura ou não do processo de impeachment contra a presidente Dilma Rousseff (PT). Depois de ser reeleita nas eleições de 2014, e já com o andamento da Operação Lava Jato, que investiga um esquema bilionário de desvio de dinheiro da Petrobras, a presidente sequer conseguiu implementar um plano de ajuste fiscal, necessário para reequilibrar as contas públicas. 
   O País enfrenta atualmente um dos piores cenários da história. Mergulhado em uma grave crise econômica que, inclusive, afetou as conquistas obtidas pela população nos últimos anos, enfrentando uma crise política e na qual o partido da presidente protagoniza um dos maiores escândalos de corrupção do mundo, ainda há as discussões sobre ética e moral. Portanto, o País precisa mudar, há a necessidade clara de rediscutir os valores e, principalmente a forma de se fazer política. 
   Hoje, independentemente do resultado da votação na Câmara dos Deputados, o dia ficará marcado na história. Deveria ser um marco e o início de um novo capítulo – de reconstrução do País. Londrinenses, moradores de várias regiões da cidade, ouvidos pela FOLHA acreditam que a saída de Dilma da presidência tende a melhorar o País. Certamente o impedimento da presidente melhorará o ambiente e a confiança dos brasileiros. É certo que a economia não voltará a crescer rapidamente, mas em um cenário de mais otimismo, abre-se espaço para a realização das reformas necessárias. 
   E, o primeiro passo para isso, é, sim, o impeachment da presidente. A corrupção, um dos principais problemas brasileiros, tem que ser combatida em todas as esferas. Desvio de dinheiro público, cobrança de propina, enriquecimento ilícito e tráfico de influências não são invenções do PT, o que também não justifica agora a prática desses atos. Hábitos como esses têm que ser punidos e todas as denúncias contra partidos, empresas e pessoas têm que ser investigadas. Portanto, não se trata de uma “cruzada” contra um partido ou uma pessoa como apregoam os petistas. O Brasil tem que estar acima disso tudo. 
   Detentores de mandatos públicos têm que ser fiscalizado pelos eleitores. O afastamento da vida pública acaba por favorecer desvios de conduta. Além disso, o País precisa voltar a crescer. É preciso iniciar um outro capítulo da história. ( FOLHA OPINIÃO, opiniao@folhadelondrina.com.br domingo, 17 de abril de 2016, publicação do jornal FOLHA DE LONDRINA).

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