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quarta-feira, 13 de abril de 2016

ISOLAMENTO NO PLANALTO


   Com o passar dos dias e a proximidade da data da votação do impeachment da presidente Dilma Rousseff (PT) na Câmara dos Deputados, a sensação é que a presidente está isolada. Aos poucos os principais partidos aliados abandonam o barco e seus integrantes assumem ser favoráveis ao impedimento. Talvez pressionados pela “voz das ruas” ou já na certeza da inevitabilidade da derrota, ontem, 300 deputados se diziam favoráveis ao encerramento do mandato de Dilma contra 125 contrários enquanto 44 estariam indecisos e outros 41 não responderam ao questionamento. Os números são do jornal O Estado de São Paulo.
   Segundo comenta-se o ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva está em Brasília para distribuir cargos e orçamentos com o objetivo de evitar a derrota mas, ao que tudo indica, não tem surtido efeito. A debandada anuncia-se ainda mais com a estratégia adotada pelo presidente da Câmara dos Deputados, Eduardo Cunha (PMDB). Este deputado também é investigado pela Operação Lava Jato e apontado como um dos principais articuladores contra a permanência do Partido dos Trabalhadores no Planalto. Ontem, “algumas regras” estabelecidas para votação do impeachment foram divulgadas. 
   Além de marcar para um final de semana, quando a população tem a oportunidade de acompanhar a votação – e pressionar – os deputados, a votação será iniciada pelos deputados da Região Sul, O objetivo é “deixar” os eleitos pelas regiões Norte e Nordeste para o final porque esses seriam mais simpáticos à presidente. Dessa forma, criaria-se uma “onda pró-impeachment”. A votação será aberta e com tempo suficiente para manifestações das galerias. 
   É importante que seja apresentada uma solução para a presidente Dilma Rousseff (PT), que encontra-se insustentável. Além das apontadas “pedaladas ficais”, certamente Dilma será julgada “pelo conjunto da obra”, uma vez que protagoniza várias das graves crises enfrentadas pelo País. O fato é que é preciso transpor toda essa crise pensar em propostas viáveis para que o Brasil volte a crescer. ( FOLHA OPINIÃO opiniao@folhadelondrina.com.br página 2, quarta-feira, 13 de abril de 2016, publicação do jornal FOLHA DE LONDRINA).   

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