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domingo, 3 de abril de 2016

INTOLERÂNCIA E REDES SOCIQIW


   Os escândalos de corrupção no governo federal e o consequente processo de impeachment contra a presidente Dilma Rousseff (PT) acirrou os ânimos da população. Divididos entre favoráveis e contrários à continuidade do governo, a população “subiu o tom” das discussões, principalmente nas redes sociais. No mundo virtual, onde não há contato físico, escrever o que se pensa e expor abertamente opiniões e convicções é mais fácil. No entanto, é praticamente unanimidade que a crise política na qual o País está mergulhada gerou ações de intolerância. 
   Se os brasileiros estão em uma espécie “histeria coletiva”, o fato é que a troca de agressões, principalmente no mundo virtual tem se tornado uma constante. Convicções à parte, em um cenário como o atual, torna-se fundamental que as pessoas mantenham o bom senso e elevem o nível das discussões. A população não pode continuar dividida e trocar agressões verbais. Pelo contrário, o momento é de união. É natural que todos tenham suas preferências e ideologias, mas certamente ninguém há de concordar com tanta corrupção. 
   Por isso, é importante que o “bate-boca” seja transformado em ações de vigilância e fiscalização dos atos públicos. Os políticos não podem continuar a tratar as coisas públicas como privada. Interesses individuais não podem continuar a se sobressair sobre o coletivo. São premissas básicas que jamais podem ser esquecidas. Se parte das responsabilidades pelos acontecimentos atuais pode ser sim transferida à população, é chegado o momento de mudar essa história. Um povo mais vigilante certamente pode contribuir para mudança de comportamento dos atuais políticos. 
   Em um clima como atual, de acirramento dos ânimos, é fundamental que todos mantenham a calma e o bom senso. O direito à livre manifestação é garantido pela Constituição Federal e fortalece a democracia, mas o recurso da violência física ou de agressões verbais devem ser contidas. As discussões políticas não podem ser colocadas em uma arena de briga com “times inimigos”. A troca de ideias é saudável e contribui para o enriquecimento pessoal de cada um, mas há que se respeitar os limites. ( FOLHA OPINIÃO opiniao@folhadelondrina.com.br página 2, domingo, 3 de abril de 2016, publicação do jornal FOLHA DE LONDRINA).

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