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quinta-feira, 7 de abril de 2016

COMEÇOU O PROCESSO


   Com o acolhimento da denúncia de impeachment da presidente Dilma Rousseff na câmara dos Deputados o desfecho sobre a situação da presidente pode estar próximo. Desde o ano passado o Congresso Nacional está paralisado pela indefinição. O governo, que já não tem condições de governar, também está parado. O objetivo maior, como todos têm assistido, é “segurar” o cargo. 
   No relatório o relator do processo, deputado Jovair Arantes (PTB-GO) afirmou que há “indícios mínimos de que a presidente da República, Dilma Vana Rousseff, praticou atos que ´podem ser enquadrados em crimes de responsabilidade”. Ele ainda citou a “abertura de créditos suplementares por decreto presidencial, sem autorização do Congresso Nacional” e “contratação ilegal de operações de crédito”. O relator explicou que também não considerou, em seu parecer, eventos relativos à atuação de Dilma no Conselho de Administração da Petrobras entre 2003 e 2010 e eventos relacionados ao escândalo revelado pela Operação Lava Jato. 
   O relatório deve ser votado até a próxima segunda-feira na comissão especial instaurada pela Câmara, que tem 65 membros. Sabe-se que o placar será disputado “voto a voto” . Conforme divulgado em rankings elaborados pela imprensa nacional, são necessários 33 votos para que o impeachment seja levado a plenário. Por enquanto, há 30 favoráveis; 18 contrários; 17 indecisos. Nesta lista, ainda não teria posição definida o deputado paranaense Alel Machado (Rede). Entre os favoráveis estão Fernando Francischini (SD) e Osmar Terra (PMDB). 
   Importante lembrar a população que o jogo político é imprevisível, tanto que em Brasília ninguém se arrisca a afirmar que o impeachment é certo. A barganha de cargos orquestrada pelo governo federal, o “racha” do PMDB (que ocorreu a partir da decisão dos ministros de permanecerem no cargo) e as manifestações favoráveis à presidente garantiram “fôlego novo”. Por isso, em um momento crucial da história como esse, os cidadãos têm que se manifestar. ( FOLHA OPINIÃO opiniao@folhadelondrina.com.br página 2, quinta-feira, 7 de abril de 2016, publicação do jornal FOLHA DE LONDRINA).

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