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quarta-feira, 9 de março de 2016

VIOLÊNCIA NA ONU


   A violência registrada no Brasil e a impunidade foram alvos de críticas da Organização das Nações Unidas (ONU). Em um informe apresentado ao Conselho de Direitos Humanos, a entidade acusa o governo de não conseguir fazer valer as leis nacionais de proteção aos direitos humanos nem os diversos programas criados durante anos. “A impunidade é a regra no Brasil”, afirmou taxativamente o relator Juan Mendez . Além disso, a tortura e as mortes praticadas por policiais também foram citadas. 
   A denúncia feita pela ONU não é novidade aos brasileiros. No entanto, é importante que órgãos internacionais chamem atenção para o problema. A violência, em todas as suas manifestações, deve ser coibida. É preciso aplicar a lei, punir os responsáveis. Talvez todo esse cenários contribua para impregnar entre a população a sensação de insegurança, a falta de tranquilidade e a impunidade, de que bandidos pouco pagam por seus crimes. 
   O Estado tem que garantir a aplicação da lei, mas também é preciso oferecer condições dignas aos presos. Os presídios não podem continuar superlotados, com risco à saúde das pessoas e sem atuar na recuperação dos presos. O sistema carcerário precisa ser modificado urgentemente. É preciso investir em políticas públicas que promovam resultados mais efetivos. 
   Não é um trabalho fácil e nem de curto prazo. A solução está em um trabalho integrado entre várias pastas até mesmo porque a base está na melhoria da educação. Escolas com boa infraestrutura, com corpo docente capacitado e com atividades de contraturno podem ajudar tirar crianças e adolescentes das ruas. A educação “abre” uma nova visão de mundo, fator que pode evitar que esse grupo de população entre no crime e tenha vontade de estudar. No entanto, é importante que população cobre mudanças mais significativas. Se o Estado não cumpre 0 seu papel, é preciso intervir. (FOLHA OPINIÃO opiniao@folhadelondrina.com.br página 2, quarta-feira. 9 de março de 2016, publicação do jornal FOLHA DE LONDRINA).

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