Balanço divulgado pela Federação do Comércio de Bens, Serviços e Turismo do Paraná, (Fecomércio-PR) aponta que o ano não começou bem para o varejo paranaense. Reflexo da crise econômica – com inflação em alta, aumento do desemprego e redução da produção industrial – impactaram fortemente nos resultados, que apontam para a redução de 16,27% nas vendas em janeiro na comparação com o mesmo mês do ano passado. Os únicos setores que tiveram alta no faturamento foram o de vestuário e tecidos e materiais de construção. As quedas mais expressivas ocorreram no ramo de móveis, decoração e utilidades domésticas, concessionária de veículos, lojas de departamentos. Há meses comércio e indústria acumulam resultados positivos. A Fecomércio estima que este será um “semestre perdido” para o varejo e, por isso, é preciso cobrar medidas de estímulo à economia.
O momento é de retração e, por isso, é preciso fazer ajustes. As famílias já tiveram que se adequar à nova realidade financeira. No entanto, como já mostrou a FOLHA, há empresas que conseguem crescer mesmo em períodos como o atual. Planejamento, investimentos em diferenciais competitivos e em atendimento ao cliente são alguns dos pontos relatados por empresários. É certo que alguns setores têm mais probabilidade de crescimento que outros, mas também não é mais possível esperar a crise passar sem qualquer ação diferente. O aperfeiçoamento nunca deve ser deixado de lado.
A proximidade com o cliente tem que ser mantida. Exemplos de município que registraram retração menor apontam para casos em que o comércio se uniu e continuou a promover investimentos em marketing e propaganda. É claro que custos têm que ser cortados e revistos, mas qualquer erro pode impactar ainda mais fortemente os negócios. (FOLHA OPINIÃO opiniao@folhadelondrina.com.br página 2, quinta-feira, 10 de março de 2016, publicação do jornal FOLHA DE LONDRINA).
Nenhum comentário:
Postar um comentário