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terça-feira, 22 de março de 2016

PORTAS FECHADAS CONTRA A CORRUPÇÃO



   “As sociedades só conseguem sobreviver a uma grande crise se puderem contar com uma fonte de sentimento patriótico”, escreve uma fonte o filósofo inglês Roger Scruton , um dos mais importantes autores contemporâneos. Amor à pátria é o sentimento mais comum a todas as manifestações recentes do povo brasileiro contra a corrupção. 
   Os números mostram que a tal “divisão do país” em dois blocos distintos e equivalentes, um contrário e outro favorável ao governo petista, é uma fábula que só existe na cabeça dos militantes e dos “isentões” que desejam limpar a barra dos atuais manda-chuvas. A proporção numérica, tanto nas manifestações de rua quanto nas pesquisas de opinião, é de 9 para 1 contra o PT. E desconfio que em nossa cidade e região o placar seja ainda mais devastador.
   Em relação ao espírito que move esses lados tão desiguais, cito uma definição precisa que está circulando pelas redes sociais: “Um lado projeta contra a corrupção, independente de partido; o outro lado protesta a favor de um partido, independente de corrupção”.
   Na manhã de hoje os empresários de Londrina fecham as portas por 20 minutos em protesto contra a corrupção. Eles estão de parabéns. Entendo que a reconstrução do Brasil deve ser feita com a participação dos empresários, principalmente os pequenos, que são os mais afetados pela crise econômica, social e moral sem precedentes em nossa nação. Sem empresas fortes e saudáveis, não temos empregos, não temos produtividade, não temos justiça, não temos democracia, não temos futuro.
   Destaque-se o fato de que os empresários de Londrina decidiram pelo fechamento das lojas em um reunião pública, à luz do dia. Em nada se parece com os companheiros reunidos em segredo no quartel-general esquerdista para discutir as formas de defender o indefensável. Eis o desespero de um elite política e sindical que nos enche de vergonha!
   O fechamento das lojas de Londrina, ainda que por meia hora, é um sinal para o Brasil. Não vamos desistir enquanto os usurpadores da nação não estiverem, todos eles, longe do poder ou na cadeia. E quando falo “vamos”, não estou usando a segunda pessoa do plural gratuitamente: estou expressando a vontade de 90% do povo brasileiro. 
   Hoje são 30 minutos. Se for preciso vamos fechar as portas por 30 horas, 30 dias ou 30 semanas. Se for preciso, vamos parar o Brasil inteiro – porque o Brasil somos nós, não uma entidade abstrata, um partido político ou uma organização criminosa. 
   E não é por acaso que este ato público acontece justamente na Semana Santa: assim como nós acreditamos na Ressurreição de Jesus, temos fé no renascimento do Brasil. Que Deus nos acompanhe na jornada. ( Coluna AVENIDA PARANÁ – por Paulo Briguet. Fale com o colunista: avenidaparana@folhadelondrina.com.br página 3, caderno FOLHA CIDADES, espaço AVENIDA PARANÁ, segunda-feira, 22 de março de 2016, publicação do jornal FOLHA DE LONDRINA).

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