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domingo, 14 de fevereiro de 2016

UM MÊS DEPOIS DAS CHUVAS


   Ao que tudo indica os paranaenses terão que conviver durante muito tempo com os estragos provocados pelas fortes chuvas que atingiram o Estado há pouco mais de um mês. Cálculos da Defesa Civil Estadual apontam para um prejuízo de R$ 420 milhões divididos entre os 66 municípios afetados. Duas cidades – Rolândia e Tamarana – decretaram estado de calamidade pública, enquanto outros 37, situação de emergência; 20 já receberam o reconhecimento do governo federal. 
   Além dos estragos provocados na infraestrutura dos municípios, como pontes, estradas rurais, escolas e ruas, o que mais chama atenção é o grande número de desabrigados: 982 continuam desalojados e quatro estão desabrigados. Esse dado reforça o quanto o Estado está despreparado para lidar com desastres naturais. Mais de um mês depois e quase mil pessoas ainda não conseguiram retornar suas rotinas. É certo que muitas dessas moradias foram construídas em locais inadequados, mas também faltou a presença das autoridades para impedir esse fato.
   Outra discussão importante é a respeito da burocracia para esses casos. Depois do reconhecimento do governo, os recursos demoram cerca de seis meses para serem liberados. É muito tempo para o conserto de danos que afetam diariamente a vida da população. A urgência de fatos como esses pede mais agilidade. As pessoas não podem esperar tanto tempo para que os reparos sejam feitos, Os brasileiros se acostumaram com a burocracia, com a demora e com a falta de recursos. Mas esse comportamento tem que ficar no passado, as autoridades precisam ser cobradas a apresentar uma solução mais rápida. 
   Além disso, o País tem que aprender a trabalhar preventivamente. Se os desastres naturais são imprevisíveis, os municípios, os Estados e a União têm que estar preparados para lidar com as consequências rapidamente. As autoridades precisam se comprometer com isso e a população precisa aprender a cobrar e a fiscalizar. ( FOLHA OPINIÃO opiniao@folhadelondrina.com.br página 2, domingo, 14 de fevereiro de 2016, publicação do jornal FOLHA DE LONDINA).

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