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domingo, 21 de fevereiro de 2016

MALFORMAÇÕES E ATENDIMENTO


   O aumento no número de casos de microcefalia no País jogou uma luz sobre as malformações congênitas e suas consequências. O problema não é novo e afeta milhares de famílias brasileiras, mas o que deve ser discutido neste momento é o a capacidade dos sistemas de saúde e de educação para atender bem esse público. O Brasil está preparado? A resposta óbvia de especialistas e familiares é não. Se a estrutura pública mal consegue atender os cidadãos em geral, pode-se afirmar que o atendimento é ainda mais precário aos brasileiros que necessitam de cuidados especiais. 
   Famílias ouvidas pela FOLHA relatam uma rotina de dificuldades. As conquistas ocorrem, mas na maioria dos casos somente por meio de decisões judiciais. Se o problema existe, não seria mais adequado já preparar a estrutura de saúde e educação para atender especificamente esse grupo de população? O que não pode continuar a ocorrer é deixar essas pessoas desamparadas e com mais dificuldades a serem superadas. Até mesmo porque especialistas consultados apontam que há demora no diagnóstico e falta de profissionais credenciados ao Sistema Único de Saúde para realizar o atendimento aos pacientes. 
   O Pais precisa de um plano efetivo para acolhimento dessas pessoas e suas famílias. É um trabalho integrado que deve ser estruturado para começar no diagnóstico e finalizar na educação. Enquanto isso não foi feito, crianças com síndromes mais brandas e sem diagnósticos continuarão a sofrer bullying nas escolas, situação que pode ser minimizada a partir da capacidade dos professores e do corpo docente da instituição .
   A sociedade precisa se conscientizar de que o Brasil só atingirá o pleno desenvolvimento a partir da igualdade da sua população. Os cidadãos devem cobrar investimentos e planos efetivos que promovam essa igualdade. É preciso fazer valer a Constituição Federal , cumprir o que já estabelece a lei maior do País. ( FOLHA OPINIÃO opiniao@folhadelondrina.com.br página 2, domingo, 21 de fevereiro de 2016, publicação do jornal FOLHA DE LONDRINA).

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