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quarta-feira, 3 de fevereiro de 2016

FALTA DE CIDADANIA


   A educação de um povo pode ser medida por pequenos gestos e atitudes. Não jogar lixo no chão, respeitar as outras pessoas, dar preferência aos pedestres, respeitar as leis de trânsito mesmo quando não há fiscalização ou não tirar proveito de todas as situações. São atitudes básicas, que a maioria das pessoas afirma adotar, mas que diariamente observa-se o contrário em praticamente todas as cidades do País. 
   Reportagem de hoje desta FOLHA discorre sobre o decreto 385, de 31 de março de 2015, que regulamenta as ações de fiscalização da lei 11.468/11. O termo legal ninguém conhece, mas trata-se de um assunto que todos têm alguma informação: a proibição de se jogar lixo nas vias públicas da cidade. Em Londrina, o péssimo hábito é passível de multa, cujo valor pode variar de R4 100 a R$ 3 mil de acordo com a gravidade da infração.
   Na verdade essa lei nem deveria existir, se a população colaborasse. Se em casa ou no trabalho ninguém joga lixo no chão, por que isso acontece nas ruas? Talvez não exista uma resposta pronta para a pergunta, mas é importante que todos saibam que as consequências desse ato afeta a população inteira. Não é novidade que lixo jogado nas ruas vai para os bueiros, que pode entupir e provocar alagamentos em regiões próximas. Além disso, pode se transformar em vetor de doenças importantes. O avanço da dengue e do zika vírus, por exemplo, são resultado dessas atitudes de alguns cidadãos. 
   Infelizmente alguns brasileiros não são educados para colocar o bem comum acima de interesses individuais. O dever de cuidar das cidades, dos espaços públicos e de toda a população. A responsabilidade da limpeza não é só da Prefeitura. Também não significa que o Município não tem que fazer a sua parte: é preciso instalar mais lixeiras na cidade e garantir a sua manutenção. Basta um rápido passeio para constatar que muitos desses equipamentos estão inutilizados por falta de manutenção e, dessa forma, não atendem ao propósito a que foram destinados. Também não podem continuar dessa forma. ( FOLHA OPINIÃO opiniao@folhadelondrina.com.br, página 2, quarta-feira, 3 de fevereiro de 2016, publicação do jornal FOLHA DE LONDRINA). 

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