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quarta-feira, 17 de fevereiro de 2016

BATALHA CONTRA O AEDES


   Os números divulgados ontem pela Secretaria de da Saúde mostram dados alarmantes. A quantidade de casos confirmados de zika quase dobrou em apenas uma semana: eram 25 , divulgados na Quarta-Feira de Cinzas e, ontem, a conta chegava a 48. No entanto, a preocupação são os registros autóctones (pessoas que foram contaminadas no Estado), que saltaram de três para nove. O número de casos de dengue teve aumento de 23% no período; no total são 5.541 contaminações.
   A julgar pela análise simplista dos dados, pode-se afirmar que o País como um todo “está perdendo a batalha contra o mosquito Aedes aegypti”, como chegou a dizer o ministro da saúde Marcelo Castro. Neste momento há momentos para escalada dos números. Além dos testes de detecção mais rápidos, o verão mais úmido e com chuvas diárias permite a proliferação do mosquito. Soma-se a esses fatores, a falta de cuidado da população com a água parada e as escassas ações realizadas. 
   Dia de combate como o planejado para o último sábado é raro. Em situações emergenciais, como a atual, é fundamental agilidade do poder público. Não se pode esperar que o quadro piore e provoque alarmismo na população. A dengue não é uma doença nova, em anos anteriores foram registados quadros de epidemia e, agora, a sensação que permanece é a de que os erros do passado não deixaram nenhuma lição. 
   É importante frisar que a mobilização tem que partir da população sim. É dever de cada um recolher objetos, não deixar água parada no seu quintal e nas redondezas de onde mora. No entanto, o poder público tem que ser o indutor dessas ações. É um trabalho contínuo e exaustivo, mas que não pode ser largado. Os números sugerem a urgência dessas ações e os trabalhos não podem ser adiados até porque não se trata só de dengue. 
   A zika tem deixado a população alarmada e traz consequências graves às famílias. Se todos essas doenças (dengue, zika e chikungunya) são transmitidas pelo Aedes aegypti e o combate é simples, esses números não se justificam. O País não pode perder a batalha contra um simples mosquito. ( FOLHA OPINIÃO opiniao@folhadelondrina.com.br página 2, quarta-feira, 17 de fevereiro de 2016, publicação do jornal FOLHA DE LONDRINA).

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