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quarta-feira, 27 de janeiro de 2016

SOBRE A MORTE DE PMs


   Em apenas uma semana quatro policiais militares foram mortos na Região Metropolitana de Curitiba. Além dos óbitos, dois oficiais foram baleados anteontem: um em Londrina e outro na Região Oeste. Em todas as situações os profissionais estavam de folga. A Secretaria de Segurança Pública do Paraná continua negando que os estejam ligados ou que tenha sido cometidos por ordem de facções criminosas. 
   Faz parte da estratégia das forças de segurança em geral minimizar o poder de fogo de organizações criminosas. Seja para não alarmar a população ou para reduzir a importância desses grupos, dificilmente um Estado assume que criminosos dominam as penitenciárias ou que estão ordenando a morte de policiais. No entanto, no mínimo, as quatro mortes e outras duas tentativas de homicídios têm que ser consideradas em uma mesma linha de investigação. 
   Os casos ocorreram em um curto espaço de tempo e atingem uma mesma classe de trabalhadores. Parece impossível à população pensar que não há nenhuma relação entre eles. A Associação de Praças do Paraná marcou reunião com a Secretaria de Segurança Pública para discutir o assunto. A entidade considera “essa onda de violência totalmente fora do comum”. Além disso, chegaram à imprensa rumores de que as mortes seriam “ordens de facções criminosas”. A Secretaria de Segurança Pública precisa dar uma resposta mais consistente à população. 
   Matar policiais é uma afronta muito grande ao Estado, porque nas ruas eles simbolizam a lei. Não se pode aceitar que facções criminosas deem ordens como essas de dentro de cadeias. Outra importante denúncia feita por esta FOLHA afirma que organizações estariam se avançando nos presídios estaduais. Tudo parece indicar para a correlação dos fatos e, por isso, a sociedade deve cobrar uma resposta. ( FOLHA OPINIÃO opiniao@folhadelondrina.com.br, página 2, quarta-feira, 27 de janeiro de 2016, publicação do jornal FOLHA DE LONDRINA).

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