Técnica minimamente invasiva chega ao Brasil como opção de tratamento para lombalgias
Entre os brasileiros, as queixas com relação às dores na coluna, especialmente na região lombar, só ficam atrás dos resfriados. Com isso, dá para imaginar que novos tratamentos para coluna são sempre boas notícias.
Recentemente, o Hospital Samaritano de São Paulo realizou um procedimento inovador, já conhecido nos Estados Unidos e Europa. É a cirurgia da coluna por acesso lateral, um procedimento inovador e minimamente invasivo, que traz mais segurança aos pacientes.
Segundo o neurocirurgião Lucas Vasconcellos, “a técnica reduz o tempo de cirurgia e riscos ao paciente, como anestesia o sangramento, além da melhora em qualidade de vida e rápido retorno às atividades de rotina”.
Essa cirurgia é mais uma opção de tratamento para milhões de brasileiros. Dados da Pesquisa Nacional da Saúde realizada pelo Ministério da Saúde, em parceria com o Instituto Nacional de Geografia e Estatística (IBGE), mostram que 27 milhões de adultos (18,5%) apresentam doença crônica na coluna. Além disso, cerca de cinco milhões possuem histórico de problema de hérnia de disco.
Dentre as patologias, os problemas lombares são os mais comuns, atingindo principalmente as mulheres. Uma outra pesquisa realizada pela Organização Mundial da Saúde (OM) aponta que cerca de 80% da população te, teve ou terá pelo menos um episódio de lombalgia.
“Essa cirurgia é indicada em casos de instabilidades do segmento vertebral, de diferentes causas. Até o surgimento dessa técnica, o procedimento era realizado de modo aberto e com maior incisão cirúrgica”, comenta o ortopedista Helton Defino , professor titular do Departamento de Biomecânica, Medicina e Reabilitação da Faculdade de Medicina de Ribeirão Preto da Universidade de São Paulo.
A cirurgia, chamada de Artrodese lombar anterior, consiste na utilização do implante cage, por meio de uma pequena abordagem , entre 2 centímetros e 3 centímetros, na parte lateral do tronco. “Essa técnica permite, em alguns casos, a realização do procedimento cirúrgico somente pela via anterior, evitando a abordagem posterior e lesão da musculatura paravertebral”, afirma.
De acordo com Defino, a função do implante cage lombar lateral Avenue L é sustentar o segmento vertebral enquanto ocorre a artrodese. O material é aprovado pela Agência Nacional de Vigilância Sanitária (Anvisa) para atender casos de fusão lombar via aceso lateral em pessoas om estrutura óssea madura e que sofrem de degeneração do disco, espondilolistese, pseudoartrose, escoliose e herniação recorrente do disco, além da instabilidade da coluna vertebral.
LOMBALGIA
A maioria das queixas (cerca de 80% dos casos) em relação às dores na coluna estão ligadas a distúrbios musculares e posturais. Isso significa que a adoção de alguns hábitos rotineiros pode fazer diferença.
DE OLHO NO ESTRESSE
Hormônios do estresse também causam lesões musculares. Os das costas e do pescoço geralmente são mais sensíveis aos efeitos. Os músculos podem ser tensionados ao ponto de gerar dolorosos espasmos.
BUSQUE INFORMAÇÃO E AVALIAÇÃO
Mesmo que boa parte dos distúrbios musculares e posturais possam não apresentar maior gravidade, é precioso buscar um ortopedista para uma avaliação médica, principalmente se a dor for persistente.
Fonte – Ministério da Saúde
ESCOLHA BEM O COLCHÃO
A indicação é que o colchão esteja adequado à altura e ao peso das pessoas. Vale lembrar que o repouso é uma etapa do tratamento, no entanto, quando prolongado pode enfraquecer a musculatura.
FIQUE ATENTO AO CRUZAR AS PERNAS
Fique atento ao movimento de cruzar as pernas, muito comum entre as mulheres. Ele desalinha a coluna vertebral por causa do moimento na região pélvica.
PRATIQUE REEDUCAÇÃO E EXERCÍCIOS
Reeducação postural, alongamentos, atividade física e o acompanhamento de um profissional são a melhor receita para evitar problemas posturais. Além disso, é importante cuidar do peso. A obesidade sobrecarrega as estruturas da coluna vertebral aumentando a má postura e o risco de dor.
Folha Arte. ( MICAELA ORIKASA – Reportagem local, FOLHA SAÚDE, segunda-feira, 11 de janeiro de 2016, publicação do jornal FOLHA DE LONDRINA).
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