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sábado, 30 de janeiro de 2016

COMBATE AO ZICA VÍRUS

   Foi confirmado ontem em Londrina o primeiro caso autóctone de zika vírus. O doença colocou o país e o mundo em estado de alerta depois do grande número de nascimento de bebês com microcefalia, principalmente na região Nordeste.  O agravante é que o zica é transmitido pelo aedes aegypti, o mosquito transmissor da dengue que anualmente faz milhares de vítimas em todo o Brasil. 
   Se a população não aprendeu a controlar a proliferação do mosquito tomando cuidados básicos de limpeza, agora é preciso ter mais consciência – e ação. A dengue afetou significativamente os brasileiros, levou vário municípios e Estados a decretarem epidemia durante vários anos, mas a zika está associada a diagnósticos importantes como a microcefalia congênita (quando adquirido por gestante pode comprometer o desenvolvimento do feto) e síndrome de Guillain-Barré ( o sistema imunológico ataca o próprio sistema nervoso no organismo). 
   Se o Brasil está “perdendo a batalha” contra o aedes aegypti como afirmaram a presidente Dilma Rousseff (PT) e o ministro da Saúde, Marcelo Castro (PMDB), é momento de reverter esse placar. O governo deve aumentar o orçamento para o combate ao mosquito urgentemente. Ações como o fumacê e companhas de conscientização mais assertivas devem ser intensificadas. Também é preciso considerar outras alternativas, como tecnologia testada no Estado de São Paulo, que conseguiu reduzir em 82% a população de mosquito. No entanto, o experimento ainda aguarda aprovação da Anvisa, que analisa o caso desde maio de 2014. Em uma situação como a atual é preciso ter mais agilidade e nenhuma “arma” pode ser desconsiderada. 
   Outro importante ponto é a própria população. Cada um tem que fazer a sua parte para evitar a proliferação do mosquito. Além de não acumular água parada em casa e na vizinhança, é preciso denunciar. As equipes de vigilância sanitária não são suficientes para identificar todos os possíveis focos do mosquito e, por isso, a denúncia aos órgãos competentes é importante. É preciso o envolvimento de todos para que a “batalha” não seja perdida de fato. ( FOLHA OPINIÃO opiniao@folhadelondrina.com.br, página 2, sábado, 30 de janeiro de 2016, publicação do jornal FOLHA DE LONDRINA).

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