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sexta-feira, 8 de janeiro de 2016

ANO DE REINVENÇÃO



   Todos os indicadores econômicos e políticos apontam que esse será mais um ano de crise instalada no Brasil. Economia deteriorada – com queda da produção industrial, aumento do desemprego e da inflação e forte desvalorização cambial – risco de afastamento da presidente Dilma Rousseff (PT) e do presidente da Câmara dos Deputados, Eduardo Cunha (PMDB) e a continuidade das investigações da Operação Lava Jato, que já colocou na cadeia nome importantes da política e do empresariado nacional.
Se o atual quadro aponta para um cenário desolador, é preciso ter criatividade para buscar soluções que ajudam a enfrentar a crise. Ontem, foi divulgado balanço da produção industrial de novembro. O resultado foi pior do que o esperado: queda de 2,4%. A queda ocorreu devido ao desempenho ruim das indústrias extrativas e do segmento de petróleo e derivados. Além do fraco ritmo da economia, fatores externos – e que podiam ter sido evitados – como a tragédia do Rio Doce e s greve dos petroleiros contribuíram. Contra novembro e 2014, a indústria em geral encolheu 12,4% - desempenho muito ruim.
   O Paraná registrou  resultado pouco melhor do que o nacional. As indústrias de alimentos e bebidas e de papel celulose se saíram bem. O primeiro grupo, concentra itens de primeira necessidade, e o segundo é cotado em dólar e exportado. O momento é delicado, mas a busca por alternativas é fundamental. Produtos nacionais estão mais competitivos no mercado internacional, o que pode favorecer a indústria local. É claro que o custo de produção tem que ser baixo e, por isso é importante a busca por novos fornecedores. Essa movimentação pode trazer ganhos para a indústria nacional a longo prazo porque a “reinvenção” torna-se fundamental. São nestes momentos que a inovação deve ganhar força.( FOLHA OPINIÃO opiniao@folhdelondrina.com.br página 2, sexta-feira, 8 de janeiro de 2016, publicação do jornal FOLHA DE LONDRINA).

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